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Aula: Sede Perfeitos - O Homem de Bem – Os Superiores e os Inferiores

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Aula: Sede Perfeitos - O Homem de Bem – Os Superiores e os Inferiores
Adaptável para diversas idades
Bibliografia: Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.17, Itens 9.

I – Acolhida e Harmonização.
Duração – no máximo cinco minutos.
II  - Prece
III - Relaxamento
Exercícios de relaxamento infantil desenvolvem a noção corporal, assim como proporcionam momentos importantes de descontração. Os exercícios de relaxamento infantil foram desenvolvidos para que, de forma calma e serena, a criança possa ir relaxando, sentindo-se menos inquieta e estressada.

Inicie com a seguinte lengalenga (Os Evangelizandos devem estar de pé):




 

A. Depois da música peça aos Evangelizandos para:
 a) Mexer os dedos fingindo que toca piano, depois os pulsos;
b) Colocar as mãos nos ombros e rodar os ombros para a frente e para trás;
c) Com as mãos no pescoço, elevar os cotovelos e expirar;
d)  Com as mãos na cabeça mexer a mesma para a frente e para trás e para a direita e para a esquerda;
e) Apoiar os braços na mesa e esticar e encolher as pernas. Ficar na ponta dos pés e rodar os tornozelos.
B. Agora sentados devem:
a)    Massagear os dedos dos pés;
b)    Rodar os tornozelos, um de cada vez;
c)    Dar um “pontapé” no ar, um pé de cada vez;
d)    Juntar as plantas dos pés segurando com as mãos e mexe os joelhos para cima e para baixo;
e)    Ficar na  posição de gato: arquer as costas e esticar o tronco.
C. Agora de pé devem:
a) Abaixar-se sobre os calcanhares e voltar a levantar-se;
b) Colocar as mãos na cintura e mover-se para a direita e para a esquerda;
c) Com os braços levantados, inclinar-se de um lado e do outro;
d) Esticar os braços e deixar cair.


Ensinar aos Evangelizandos a seguinte lengalenga (acompanhar as palavras com gestos):

Sou pequenino (mãos junto ao chão ou para baixo)
E quero crescer (esticar braços bem alto)
Vou pedir aos pés (movimentar os pés)
Vou pedir às mãos (movimentar as mãos)
Vou pedir à boca ( sinal de silêncio)
Para não mexer (dizer estas palavras a sussurrar, repetir só com o movimento dos lábios).
Exercícios e lengalengas retirados do site http://educamais.com/

Agora o Evangelizador deve colocar um cd com música bem suave e pedir aos  Evangelizandos devem se sentar com os pés apoiados no chão, ligeiramente afastados, apoiarem as mãos sobre os joelhos, fechar os olhos e inspirar e expirar profundamente três vezes.
O Evangelizador deverá guiar o relaxamento:
Imagine que seus pulmões são uma bola de aniversário,  quando você inspira você infla a bola, até que ela fique bem cheia. Agora você expira e a bola se esvazia, lentamente. Agora imagine que você está em um lago bem bonito. A água está em um temperatura muito agradável e você bóia sentindo a água relaxar cada parte de seu corpo, levando embora todo o cansaço, o medo, a tristeza e a raiva. Aproveite essa água tão especial.

 IV. Atividades:
1)    Pegar o “Baú do Tesouro” e colocá-lo no centro da mesa. Dizer: “Aqui está nosso baú do tesouro”, será que hoje vamos poder juntar mais bens espirituais aqui em nossa sala? Inquirir um a um sobre as virtudes cultivadas e boas ações praticadas durante a semana, preencher os coraçõezinhos com o nome de cada Evangelizando e o bem espiritual cultivado naquela semana, entregar para o mesmo colocá-lo no baú. Incentivá-los a continuar cultivando boas atitudes, bons pensamentos e boas palavras, a fim de promoverem a reforma íntima e “encherem” o Baú do Tesouro.

2)        Dinâmica:
O Guia de Cegos
Material:

Alguns lenços, bastões (pare servir de bengalas) e uma área com obstáculos.

Descrição:

 O Evangelizador divide a turma em duas equipes. Venda os olhos dos membros da Equipe 1 e  fornece uma bengala para cada um, enquanto os membros da segunda equipe permanecem como observadores para tomar nota da forma como os cegos se comportam.

 Os cegos devem caminhar desviando-se dos obstáculos durante determinado intervalo de tempo.
Refletir:

1. Como vocês se sentiram sem poder enxergar?

2. Tiveram medo? Por quê? De quê?
3. Que acham da sorte dos cegos?

óóóóóóóóó

Em seguida, cada “cego” trocará o bastão por um “guia” da outra equipe,  que conduzirá o “cego” por onde quiser.

Refletir:

1. Como vocês se sentiram nas mãos dos guias?

2. Tiveram confiança ou desconfiança? Por quê?
3. É preferível um bastão ou um guia? Por quê?

óóóóóóóóó
Por último, trocam-se os papéis e os Evangelizandos devem responder às reflexões acima. Ao final, pode-se realizar os mesmos questionamentos do passo anterior.


Finalmente refletir: (as perguntas devem ser adequadas para cada faixa etária).

a) O que a dinâmica teve de parecido com a vida de cada um?

b) Além da cegueira física, vocês conhecem outros tipos de cegueira? Quais? (orgulho, egoísmo, ira, ignorância, inveja, apatia, soberba, etc.)

c) Nós temos necessidade de guias? Quem são os outros guias? (Jesus, nossa família, nossos professores, amigos, os exemplos, etc.)

d) Costumamos confiar nesses guias? O que acontece com quem não aceita o serviço de um guia?
e) Qual a pior cegueira: a física ou a espiritual? Por quê?


3)      Explicar aos Evangelizandos que todos nós temos responsabilidades e tarefas a cumprir aqui na Terra. Antes de reencarnarmos nossos mentores traçaram um roteiro a ser seguido por nós a fim de sermos melhores e progredirmos, consequentemente, sermos mais felizes. Em nossa vida em sociedade existe a hierarquia. Sempre teremos uma pessoa ou um grupo de pessoas que comandam e uma pessoa ou um grupo de pessoas que são comandados. Por exemplo: em nosso lar o papai e a mamãe (ou os responsáveis – avós, tios...) comandam, e os filhos são comandados. Na escola a professora e a diretora comandam, os alunos são comandados. Numa empresa os chefes comandam e os subordinados são comandados. Todos são importantes no mundo. Todos devem respeitar as leis de Deus e dos homens, respeitar uns aos outros e as regras de cada lugar. Trabalhar com amor e afinco para o bem de todos. Seja como o que comanda ou o que é comandado devemos ter sempre em mente que toda situação é passageira, as tarefas que exercemos são meios que devemos utilizar para nossa melhoria espiritual, através do cultivo da humildade e de todas as virtudes. Hoje quem está comandando certamente já esteve sendo comandado, nessa e em outras vidas, e assim também todo o que está sendo comandado já comandou. Não importa nossa tarefa, hoje vocês são estudantes e devem trabalhar com todo o afinco para serem excelentes alunos, cumprindo todas as tarefas, fazendo os exercícios com dedicação, respeitando os professores e colegas. Como filhos devem procurar auxiliar os pais nas tarefas domésticas, respeitarem seus pais, pois Deus os designou para cuidá-los e guiá-los na vida. Procurem agra sempre com amor, carinho, bondade e harmonia. Lembrem-se que um dia serão vocês que estarão à frente de uma família, uma sala de aula ou uma empresa. E aí, gostariam de ter em seus comandados atitudes que vocês têm hoje par com seus pais, responsáveis e professores?
4)        Contar a seguinte história: (preparar fantoches de saco de papel):
O  Mandarim e o Alfaiate:



Contam que um homem foi nomeado mandarim, uma espécie de conselheiro na China. 
Ele ficou todo vaidoso com a nova posição, afinal seria um dos homens mais importantes do Império, ouvido pelo próprio Imperador! A primeira coisa que pensou foi em mandar confeccionar roupas novas. Afinal, seria tão improtante que queria roupas diferentes, mais lindas e ricas que a de qualquer outra pessoa, afinal, seria um grande homem, agora, muuuiiiiiito importante!
Um amigo lhe recomendou que buscasse um velho sábio, um alfaiate especial que sabia dar a cada cliente a roupa com o corte mais perfeito. 
Assim foi o mandarim até a oficina do algaiate. Chegando lá falou:
- Sabe quem eu sou? O novbo mandarim! Meu amigo Ching Lao me disse que o senhor é o melhor alfaiate do Império. Quero que me faça o mais rico e belo manto de todos os tempos, afinal, ou um home muuuiiiiito importante!
O alfaiate o recebeu com muita educação, anotou suas medidas cudaosamente, ofereceu-lhe um chá, e, enquanto o Mandarim escolhia os tecidos e fios a serem usados na confecção de sua roupa, bem como os belos bordados que teria, o alfaiate disse que faltava uma informação muuuuiiiiiiiiiito importante parta que a roupa ficasse perfeita e perguntou-lhe:
- Há quanto tempo o senhor é mandarim?
- Ora, perguntou o Mandarim, o que isso tem a ver com a confecção do meu deslumbrante manto? 
Paciente, o alfaiate explicou:
- Essa informação é muuuuuiiiiiiiiiito preciosa. É que um mandarim recém-nomeado fica tãodeslumbrado com o cargo que anda com o nariz erguido, a cabeça levantada. Nesse caso, preciso fazer a parte da frente maior que a de trás. 
Depois de alguns anos, está ocupado com seu trabalho e os transtornos advindos de sua experiência. Torna-se sensato e olha para diante para ver o que vem em sua direção e o que precisa ser feito em seguida. Para esse costuro um manto de modo que fiquem igualadas as partes da frente e a de trás. 
Mais tarde, sob o peso dos anos, o corpo está curvado pela idade e pelos trabalhos exaustivos, sem falar na humildade que adquiriu pela vida de esforços. É o momento de eu fazer o manto com a parte de trás mais longa. 
Portanto, preciso saber há quanto tempo o senhor está no cargo para que a roupa lhe assente perfeitamente.
O Mandarim saiu da loja pensando muito mais nos motivos que levaram seu amigo a lhe indicar aquele sábio alfaiate, e menos no manto que viera encomendar. 
Do livro: O Livro das Virtudes II - O Compasso Moral (pág. 650/651)
William J. Bennett - Editora Nova Fronteira

5)     Fixando o tema:
       Muitas pessoas procuram com todas as suas forças alcançar cargos de chefia ou de importância na sociedade. Vocês não viram como foi agora nas eleições?
Contudo, quando conseguem assumir esses postos de comando, infelizmente muitas dessas pessoas  esquecem-se dos objetivos reais para os quais foram ali colocados, passando a agir em seu próprio favor.  Na realidade, estão ali para servir à população, lutar pelo bem comum e pelo progresso da comunidade.
Cargos e funções são sempre responsabilidades que nos são oferecidas por Deus para nosso progresso e para nos colocarmos a serviço da coletividade.  Não há motivo para vaidade, acreditando-se superior ou melhor que os outros. 
Quando Pilatos assegurou a Jesus que tinha o poder de vida e morte, e que em suas mãos estava o destino de suas horas seguintes, o Mestre alertou-o dizendo: "Procurador, a autoridade de que desfrutas não é tua; foi-te concedida e poderá ser-te retirada." De fato isso veio a acontecer. 
Apenas poucos anos após a morte de Jesus, o poder de Roma retirou do procurador da Judéia, Pôncio Pilatos, toda a autoridade. Ele perdeu o cargo, o prestígio, e tudo que acreditava fosse eterno em suas mãos. 
Toda autoridade deve se centralizar no amor e na vida exemplar, a fim de se fazer real. A autoridade de que nos vejamos investidos deve ser exercida sem jamais ferir a justiça nem a ninguém. 
No desempenho dos nossos deveres, recordemos que só uma autoridade é soberana: aquela que procede de Deus, por ser a única legítima.

6)    Arte:
Recortar as peças do boneco chinês em EVA ou cartolina. Se você tiver tempo e boa vontade podeá fazer de feltro ou retalhos - fica mais bonito!  Entregar para os Evangelizandos montarem e enfeitarem com paetês, miçangas, cola de gliter etc.



7)    Música:
Devemos sempre nos lembrar que não estamos sós! Deus nos concedeu um ser de luz para nos proteger, inspirar e guiar. Vamos cantar para ele?
Apresentar o vídeo da música “Anjo Guardião”, com Elizabeth Lacerda:

Anjo Guardião

Elizabete Lacerda



Quando aqui cheguei

Deus me concedeu um anjo de luz

Pra me proteger em tudo o que eu sentisse
Por onde eu andasse
Em tudo o que eu fizesse
Comigo ele estaria
Nas noites mais escuras
Na dor na alegria
Nas minhas travessuras
Jamais me faltaria
Anjo livra-me do mal
Meu anjo protetor
Guia-me por onde eu for
Por onde eu andar
Meu anjo guardião
Segura a minha mão
Abra as suas asas
Clareia o meu caminho
Guarda o meu destino
E tudo o que eu fizer
Não andarei sozinho
Pois Deus me deu você
Meu anjo da guarda
Vem me proteger
Anjo livra-me do mal
Meu anjo protetor
Guia-me por onde eu for
Por onde eu andar
Meu anjo guardião
Segura a minha mão.

VII.         Prece Final.
     

Subsídios para o Evangelizador:

O Evangelho Segundo o Espiritismo

por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires

III – Superiores e Inferiores ( FRANÇOIS-NICOLAS-MADELEINE - Cardeal Morlot, Paris, 1863)

            9 – A autoridade, da mesma maneira que a fortuna, é uma delegação, de que se pedirá contas a quem dela foi investido. Não creias que ela seja dada satisfazer ao fútil prazer do mando, nem tampouco, segundo pensa falsamente a maioria dos poderosos da terra, como um direito ou uma propriedade. Deus, aliás, tem demonstrado suficientemente que ela não é nem uma, nem outra coisa, desde que a retira quando bem lhe apraz. Se fosse um privilégio inerente à pessoa que a exerce, seria inalienável. Ninguém pode dizer, entretanto, que uma coisa lhe pertence, quando pode ser tirada sem o seu consentimento. Deus concede autoridade a título de missão ou de prova, conforme lhe convém, e da mesma forma a retira.
            O depositário da autoridade,de qualquer extensão que esta seja, desde a do senhor sobre o escravo até a do soberano sobre o povo, não deve esquivar-se à responsabilidade de um encarregado de almas, pois responderá pela boa ou má orientação que der aos seus subordinados, e as faltas que estes puderem cometer, os vícios a que forem arrastados em conseqüência dessa orientação ou dos maus exemplos recebidos, recairão sobre ele. Da mesma maneira, colherá os frutos de sua solicitude, por conduzi-los ao bem. Todo homem tem, sobre a Terra, uma pequena ou uma grande missão. Qualquer que ela seja, sempre lhe é dada para o bem. Desviá-la, pois, do seu sentido, é fracassar no seu cumprimento.
            Se Deus pergunta ao rico: Que fizeste da fortuna que devia ser em tuas mãos uma fonte espalhando a fecundidade em seu redor? Também perguntará ao que possui alguma autoridade: Que uso fizeste dessa autoridade? Que males impediste? Que progressos impulsionaste? Se te dei subordinados, não foi para torná-los escravos da tua vontade, nem dóceis instrumentos dos teus caprichos e da tua cupidez; se te fiz forte e te confiei os fracos, foi para que os amparasses e os ajudasses a subir até mim.
            O superior que guardou as palavras do Cristo, não despreza a nenhum dos seus subordinados, porque sabe que as distinções sociais não subsistem diante de Deus. O Espiritismo lhe ensina que, se eles hoje o obedecem, na verdade já podem tê-lo dirigido, ou poderão dirigi-lo mais tarde, e que então será tratado como por sua vez os tratou.
            Se o superior tem deveres a cumprir, o inferior também os tem de sua parte, e não são menos sagrados. Se também este é espírita, sua consciência lhe dirá, ainda mais fortemente, que não está dispensado de cumpri-los, mesmo que o seu chefe não cumpra os dele, porque sabe que não deve pagar o mal com o mal, e que as faltas de uns não autorizam as de outros. Se sofre na sua posição, dirá que sem dúvida o mereceu, porque ele mesmo talvez tenha abusado outrora de sua autoridade, devendo agora sentir os inconvenientes do que fez os outros sofrerem. Se for obrigado a suportar essas posições, na falta de outra melhor, o Espiritismo lhe ensina a resignar-se a isso, como a uma prova a sua humildade, necessária ao seu adiantamento. Sua crença o guia na sua conduta: ele age como desejaria que os seus subordinados agissem com ele, caso fosse o chefe. Por isso mesmo é mais escrupuloso no cumprimento das obrigações, pois compreende que toda negligência no trabalho que lhe foi confiado será um prejuízo para aquele que o remunera, e a quem deve o seu tempo e os seus cuidados. Numa palavra, ele é guiado pelo sentimento do dever que a sua fé lhe infunde, e a certeza de que todo desvio do caminho reto será uma dívida, que terá de pagar mais cedo ou mais tarde.

Paz e luz!
Laura

Aula: Sede Perfeitos - O Homem de Bem – O Homem no Mundo

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Aula: Sede Perfeitos - O Homem de Bem – O Homem no Mundo
Adaptável para diversas idades
Bibliografia: Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.17, Itens 9.

I – Acolhida e Harmonização.
Duração – no máximo cinco minutos.
II  - Prece
III - Relaxamento
Exercícios de relaxamento infantil desenvolvem a noção corporal, assim como proporcionam momentos importantes de descontração. Os exercícios de relaxamento infantil foram desenvolvidos para que, de forma calma e serena, a criança possa ir relaxando, sentindo-se menos inquieta e estressada.

Inicie com a seguinte lengalenga (Os Evangelizandos devem estar de pé):

 

Eu Mexo Um Dedo

 

A. Depois da música peça aos Evangelizandos para:
 a) Mexer os dedos fingindo que toca piano, depois os pulsos;
b) Colocar as mãos nos ombros e rodar os ombros para a frente e para trás;
c) Com as mãos no pescoço, elevar os cotovelos e expirar;
d)  Com as mãos na cabeça mexer a mesma para a frente e para trás e para a direita e para a esquerda;
e) Apoiar os braços na mesa e esticar e encolher as pernas. Ficar na ponta dos pés e rodar os tornozelos.
B. Agora sentados devem:
a)    Massagear os dedos dos pés;
b)    Rodar os tornozelos, um de cada vez;
c)    Dar um “pontapé” no ar, um pé de cada vez;
d)    Juntar as plantas dos pés segurando com as mãos e mexe os joelhos para cima e para baixo;
e)    Ficar na  posição de gato: arquer as costas e esticar o tronco.
C. Agora de pé devem:
a) Abaixar-se sobre os calcanhares e voltar a levantar-se;
b) Colocar as mãos na cintura e mover-se para a direita e para a esquerda;
c) Com os braços levantados, inclinar-se de um lado e do outro;
d) Esticar os braços e deixar cair.
Ensinar aos Evangelizandos a seguinte lengalenga (acompanhar as palavras com gestos):
Sou pequenino (mãos junto ao chão ou para baixo)
E quero crescer (esticar braços bem alto)
Vou pedir aos pés (movimentar os pés)
Vou pedir às mãos (movimentar as mãos)
Vou pedir à boca ( sinal de silêncio)
Para não mexer (dizer estas palavras a sussurrar, repetir só com o movimento dos lábios).
Exercícios e lengalengas retirados do site http://educamais.com/

Agora o Evangelizador deve colocar um cd com música bem suave e pedir aos  Evangelizandos devem se sentar com os pés apoiados no chão, ligeiramente afastados, apoiarem as mãos sobre os joelhos, fechar os olhos e inspirar e expirar profundamente três vezes.
O Evangelizador deverá guiar o relaxamento:
Imagine que seus pulmões são uma bola de aniversário,  quando você inspira você infla a bola, até que ela fique bem cheia. Agora você expira e a bola se esvazia, lentamente. Agora imagine que você está em um lago bem bonito. A água está em um temperatura muito agradável e você bóia sentindo a água relaxar cada parte de seu corpo, levando embora todo o cansaço, o medo, a tristeza e a raiva. Aproveite essa água tão especial.

 IV. Atividades:
1)    Pegar o “Baú do Tesouro” e colocá-lo no centro da mesa. Dizer: “Aqui está nosso baú do tesouro”, será que hoje vamos poder juntar mais bens espirituais aqui em nossa sala? Inquirir um a um sobre as virtudes cultivadas e boas ações praticadas durante a semana, preencher os coraçõezinhos com o nome de cada Evangelizando e o bem espiritual cultivado naquela semana, entregar para o mesmo colocá-lo no baú. Incentivá-los a continuar cultivando boas atitudes, bons pensamentos e boas palavras, a fim de promoverem a reforma íntima e “encherem” o Baú do Tesouro.

2)        Dinâmica:

Varinhas que não quebram
Material: Um feixe de 16 varinhas (pode-se usar palitos de churrasco)
Utilidade: União do grupo. A união como força que pode agregar, unir e dar resistência às pessoas.
. Pedir que um dos participantes pegue uma das varinhas e a quebre. (o que fará facilmente).
. Pedir que outro participante quebre cinco varinhas juntas num só feixe (será um pouco mais difícil).
. Pedir que outro participante, quebre todas as varinhas que restaram, se não conseguir, poderá chamar uma outra pessoa para ajudá-lo.
. Pedir que todos os participantes falem sobre o que observaram e concluíram.
. Terminar com uma reflexão sobre a importância de estarmos unidos.
3)    Mostrar o vídeo:

4)     Fixando o tema:
       Estamos reencarnados aqui na Terra com o objetivo de evoluirmos, isto é, de aprendermos a ser espíritos melhores, seguindo os ensinamentos do Mestre Jesus. Às vezes pensamos: mas eu sou ó um pequeno garoto, ou uma pequena menina, não tenho dinheiro, o que posso fazer para melhorar a vida de alguém? Como posso fazer a diferença? Nesse vídeo aprendemos como um menino de 9 anos, que não  tinha dinheiro, conseguiu mudar para  melhor a vida de muitas pessoas. Ryan, ao saber que muitas pessoas na longínqua África adoeciam e morriam por causa da ingestão de água poluída, resolveu movimentar-se e mudar aquela situação. Não se lembrou que era só um garoto canadense de 9 anos. Não pensou em quão distante ficava a África. Não pensou que não tinha dinheiro nem quão caro seria levar água potável para aqueles irmãos lá longe. Fez! Buscou soluções. ACREDITOU NO BEM, NO PODER DO AMOR E CONSEGUIU FAZER A DIFERENÇA!
Hoje esse menino é um jovem, criou uma fundação que já levou melhoria na qualidade de vida de muita gente: já completou mais de 630 projetos em 16 países, beneficiando mais de 700 mil pessoas. 

E nós? O que fazemos para melhorar o mundo? Aqui no Brasil , lá no Nordeste, também temos seca, fome e miséria. A seca, além de ser um problema climático, é uma situação que gera dificuldades sociais para as pessoas que habitam a região. Com a falta de água, torna-se difícil o desenvolvimento da agricultura e a criação de animais. Desta forma, a seca provoca a falta de recursos econômicos, gerando fome e miséria no sertão nordestino. Muitas vezes, as pessoas precisam andar durante horas, sob Sol e calor forte, para pegar água, muitas vezes suja e contaminada. Com uma alimentação precária e consumo de água de péssima qualidade, os habitantes do sertão nordestino acabam vítimas de muitas doenças.

5)    Questionando...
Dividir as crianças em 2 equipes e pedir a elas que pensem em alguma situação que tenham conhecimento e que tocou seu coração, fazendo-o contrair-se de piedade.
Elas devem conversar entre si e escolher a situação difícil que mais emocionou ao grupo.
Distribuir material para que as equipes possam elaborar um Projeto para mudar aquela situação – folhas de ofício, canetas coloridas, gravuras, régua, lápis de cor, cartolina.
Depois as equipes devem preparar um cartaz com o resumo do Projeto e apresentá-lo na frente da sala. 
6)    Arte:
O acúmulo de lixo é um problema para o meio ambiente. Com pequenas atitudes podemos cooperar para todos terem uma vida melhor. Que tal enfeitarmos nossa salinha com uma linda árvore de natal toda feita de material recilado? Hoje fazemos lindos enfeites para nossa árvore de natal com rolinhos de papel higiênico.
Materiais:

·         Rolinhos de papelão do papel higiênico
·         Tesoura
·         Palitos para pendurar a roupa no varal
·         Cola
·         Gliter
·         Tinta
·         Pincel
·         Fita
Passo a passo:
Esta flor a gente já aprendeu a fazer um tempo atrás, e vocês podem revisar aquele artigo fazendo um clique AQUI. Lá você poderá conferir o passo a passo básico, mas mesmo assim vou explicar novamente como fazê-la.
Para fazer a flor com o rolinho de papelão:
Achate um pouco o rolinho, pressionando levemente com a mão. Depois, com a tesoura, corte o rolinho em 5 partes iguais. Se desejar, pode usar uma régua para medir o rolinho e fazer uma divisão exata.
Agora pegue estas pétalas e coloque um pouco de cola a cada lado da pontinha, depois segure uma ponta de uma pétala com a ponta de outra com um palito de prender a roupa no varal. Você terá queformar uma estrela com estas pétalas.
Uma vez que a cola secar, retire os palitos e pinte a flor na cor que desejar. Depois, passe uma camada fina de cola nas pétalas (por dentro e por fora) e polvilhe o gliter para dar maior charme ao enfeite.
Uma vez que o gliter secar, amarre um pedacinho de fita em uma das pétalas para poder pendurar estes enfeites de árvore de Natal.

7)    Música:
Acreditar – Grupo AME



Acredite no Amor

Grupo AME

        Am
Acredite no amor, acredite no homem
        G
Acredite na vida, acredite em você
       Am
Acredite naquele que nos indicou
         G                     G7
O caminho da luz e da libertação

          C                 D7
Descubra em você o elo que nos faz
           G             G7
Sermos todos irmãos você é capaz
        C                       D7
De viver o exemplo que o Cristo deixou
         G
Já faz tanto tempo e pouco mudou

        Am
Comece em você a busca da paz
           G
Somente o amor pode o mundo mudar
          Am
Seja um instrumento de transformação
              G                     G7
Vamos fazer deste mundo uma grande nação

          C                 D7
Descubra em você o elo que nos faz
           G             G7
Sermos todos irmãos você é capaz
        C                       D7
De viver o exemplo que o Cristo deixou
         G
Já faz tanto tempo e pouco mudou

        Am
Respire bem fundo no amanhecer
             G
Sinta a brisa do mar batendo em você
              Am
Olhe o verde as estrelas, o céu, o luar
          G                  G7
E os raios de sol a nos aquecer

          C                 D7
Descubra em você o elo que nos faz
           G             G7
Sermos todos irmãos você é capaz
        C                       D7
De viver o exemplo que o Cristo deixou
         G
Já faz tanto tempo e pouco mudou 


VII.         Prece Final.
     

Subsídios para o Evangelizador:

O Evangelho Segundo o Espiritismo

por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires

 IV – O Homem No Mundo

UM ESPÍRITO PROTETOR
Bordeaux, 1863
 10 – Um sentimento de piedade deve sempre animar o coração daqueles que se reúnem sob o olhar do Senhor, implorando a assistência dos Bons Espíritos. Purificai, portanto, os vossos corações.Não deixeis que pensamentos fúteis ou mundanos os perturbem. Elevai o  vosso espírito para aqueles a quem chamais, a fim de que eles possam, encontrando em vós as disposições favoráveis, lançar em profusão as sementes que devem germinar os vossos corações, para neles produzir os frutos da caridade e da justiça.
            Não penseis, porém, que aos vos exortar incessantemente à prece e à evocação mental, queiramos levar-vos a viver uma vida mística, que vos mantenha fora das leis da sociedade em que estais condenados a viver. Não. Vivei com os homens do vosso tempo, como devem viver os homens; sacrificai-vos às necessidades, e até mesmo às frivolidades de cada dia, mas fazei-o com um sentimento de pureza que as possa santificar.
            Fostes chamados ao contato de espíritos de naturezas diversas, de caracteres antagônicos: não melindreis a nenhum daqueles com quem vos encontrardes. Estai sempre alegres e contentes, mas com a alegria de uma boa consciência e a ventura do herdeiro do céu, que conta os dias que o aproximam de sua herança.
            A virtude não consiste numa aparência severa e lúgubre, ou em repelir os prazeres que a condição humana permite. Basta referir todos os vossos atos ao Criador, que vos deu a vida. Basta, ao começar ou acabar uma tarefa, que eleveis o pensamento ao Criador, pedindo-lhe, num impulso da alma, a sua proteção para executá-la ou a sua benção para a obra acabada. Ao fazer qualquer coisa, voltai vosso pensamento à fonte suprema; nada façais sem que a lembrança de Deus venta purificar e santificar os vossos atos.
            A perfeição, como disse o Cristo, encontra-se inteiramente na prática da caridade sem limites, pois os deveres da caridade abrangem todas as posições sociais, desde a mais íntima até a mais elevada. O homem que vivesse isolado não teria como exercer a caridade. Somente no contato com os semelhantes, nas lutas mais penosas, ele encontra a ocasião de praticá-la. Aquele que se isola, portanto, priva-se voluntariamente do mais poderoso meio de perfeição: só tendo de pensar em si, sua vida é a de um egoísta. (Ver cap. V. nº 26)
            Não imagineis, portanto, que para viver em constante comunicação conosco, para viver sob o olhar do Senhor, seja preciso entregar-se ao cilício e cobrir-se de cinzas. Não, não, ainda uma vez: não! Sede felizes no quadro das necessidades humanas, mas que na vossa felicidade não entre jamais um pensamento ou um ato que possa ofender a Deus, ou fazer que se vele a face dos que vos amam e vos dirigem.

Paz e luz!
Laura

Aula: Sede Perfeitos - O Homem de Bem – O Homem no Mundo - Maternal

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Aula: Sede Perfeitos - O Homem de Bem – O Homem no Mundo -
Maternal
I – Acolhida e Harmonização.
Duração – no máximo cinco minutos.
II  - Prece
III - Relaxamento
Exercícios de relaxamento infantil desenvolvem a noção corporal, assim como proporcionam momentos importantes de descontração. Os exercícios de relaxamento infantil foram desenvolvidos para que, de forma calma e serena, a criança possa ir relaxando, sentindo-se menos inquieta e estressada.

Inicie com a seguinte lengalenga (Os Evangelizandos devem estar de pé):


A. Depois da música peça aos Evangelizandos para:
 a) Mexer os dedos fingindo que toca piano, depois os pulsos;
b) Colocar as mãos nos ombros e rodar os ombros para a frente e para trás;
c) Com as mãos no pescoço, elevar os cotovelos e expirar;
d)  Com as mãos na cabeça mexer a mesma para a frente e para trás e para a direita e para a esquerda;
e) Apoiar os braços na mesa e esticar e encolher as pernas. Ficar na ponta dos pés e rodar os tornozelos.
B. Agora sentados devem:
a)    Massagear os dedos dos pés;
b)    Rodar os tornozelos, um de cada vez;
c)    Dar um “pontapé” no ar, um pé de cada vez;
d)    Juntar as plantas dos pés segurando com as mãos e mexe os joelhos para cima e para baixo;
e)    Ficar na  posição de gato: arquer as costas e esticar o tronco.
C. Agora de pé devem:
a) Abaixar-se sobre os calcanhares e voltar a levantar-se;
b) Colocar as mãos na cintura e mover-se para a direita e para a esquerda;
c) Com os braços levantados, inclinar-se de um lado e do outro;
d) Esticar os braços e deixar cair.
Ensinar aos Evangelizandos a seguinte lengalenga (acompanhar as palavras com gestos):
Sou pequenino (mãos junto ao chão ou para baixo)
E quero crescer (esticar braços bem alto)
Vou pedir aos pés (movimentar os pés)
Vou pedir às mãos (movimentar as mãos)
Vou pedir à boca ( sinal de silêncio)
Para não mexer (dizer estas palavras a sussurrar, repetir só com o movimento dos lábios).
Exercícios e lengalengas retirados do site http://educamais.com/
 Agora o Evangelizador deve colocar um cd com música bem suave e pedir aos  Evangelizandos devem se sentar com os pés apoiados no chão, ligeiramente afastados, apoiarem as mãos sobre os joelhos, fechar os olhos e inspirar e expirar profundamente três vezes.
O Evangelizador deverá guiar o relaxamento:
Imagine que seus pulmões são uma bola de aniversário,  quando você inspira você infla a bola, até que ela fique bem cheia. Agora você expira e a bola se esvazia, lentamente. Agora imagine que você está em um lago bem bonito. A água está em um temperatura muito agradável e você bóia sentindo a água relaxar cada parte de seu corpo, levando embora todo o cansaço, o medo, a tristeza e a raiva. Aproveite essa água tão especial.

 IV. Atividades:
1)    Pegar o “Baú do Tesouro” e colocá-lo no centro da mesa. Dizer: “Aqui está nosso baú do tesouro”, será que hoje vamos poder juntar mais bens espirituais aqui em nossa sala? Inquirir um a um sobre as virtudes cultivadas e boas ações praticadas durante a semana, preencher os coraçõezinhos com o nome de cada Evangelizando e o bem espiritual cultivado naquela semana, entregar para o mesmo colocá-lo no baú. Incentivá-los a continuar cultivando boas atitudes, bons pensamentos e boas palavras, a fim de promoverem a reforma íntima e “encherem” o Baú do Tesouro.

2)        Dinâmica:
 Varinhas que não quebram
Material: Um feixe de 16 varinhas (pode-se usar palitos de churrasco)
Utilidade: União do grupo. A união como força que pode agregar, unir e dar resistência às pessoas.
. Pedir que um dos participantes pegue uma das varinhas e a quebre. (o que fará facilmente).
. Pedir que outro participante quebre cinco varinhas juntas num só feixe (será um pouco mais difícil).
. Pedir que outro participante, quebre todas as varinhas que restaram, se não conseguir, poderá chamar uma outra pessoa para ajudá-lo.
. Pedir que todos os participantes falem sobre o que observaram e concluíram.
. Terminar com uma reflexão sobre a importância de estarmos unidos.
3)    Contar a seguinte história:
Tistu, o Menino do Dedo Verde

Tistu é um menino muito sortudo. Vive na cidade chamada Mirapólvora numa grande casa, a Casa-que-Brilha,

 com o Sr. Papai, Dona Mamãe e o seu querido pônei Ginástico. 
 Eles são ricos pois o Sr Papai tem uma fábrica de canhões.

Quando chega a hora Tistu vai para a escola. Para grande decepção de todos, Tistu dorme nas aulas.
Sr Papai resolve fazer com que Tistu aprenda as coisas vendo-as e vivenciando-as. As aulas serão com o jardineiro Bigode
e com o gerente da fábrica de canhões, o Sr Trovões. 
Na primeira aula, o jardineiro bigode descobre um dom fantástico em Tistu: o menino tem o dedo verde! Isto significa que, onde ele colocar o dedo, nascerão flores! Porém as pessoas grandes não iriam entender este dom. Seria melhor mantê-lo em segredo. Bigode se transforma no conselheiro de Tistu.
Com o Sr Trovões Tistu conhece um pouco do lado triste do mundo: a miséria, a prisão, o hospital. Ele resolve alegrar estes ambientes colocando seu dedo lá, mas no anonimato. 
Assim, à noite foi até a cadeia e colocou seu dedo por todos os lugares. Para o espanto da população, o presídio ficou com tantas flores que as portas não conseguiam mais fechar. Mas os presos não queriam fugir, pois estavam maravilhados!
No outro dia fez a mesma coisa na favela. As flores da favela absorveram o lamaçal e enfeitaram as casas, transformando a favela em atração turística. 
Tistu resolve melhorar o hospital. A menina do hospital, que antes contava os buraquinhos do teto para passar o tempo agora conta botões de rosas, que nascem em volta do seu leito.
A cidade, e a vida das pessoas da cidade, mudaram completamente. A cidade mudou até de nome: virou Miraflores! Tistu então conhece a fábrica do Sr Papai. Ele fica inconformado com o mal que os canhões e as guerras trazem. Secretamente, coloca o dedo nos canhões que estavam sendo enviados para uma guerra. Resultado: a guerra fracassa, pois ao invés de bombas, os canhões lançaram flores.
Tistu então conhece a fábrica do Sr Papai. Ele fica inconformado com o mal que os canhões e as guerras trazem. Secretamente, coloca o dedo nos canhões que estavam sendo enviados para uma guerra. Resultado: a guerra fracassa, pois ao invés de bombas, os canhões lançaram flores. A fábrica é arruinada. 
Vendo o desespero do sr Papai, Tistu resolve revelar que foi ele quem colocou as flores nos canhões e prova isso fazendo nascer uma flor no quadro de seu avô, na parede.
Sr Papai resolve então transformar a fábrica de canhões em fábrica de flores. A cidade passa a se chamar Miraflores. 


Um dia Tistu recebe a notícia de que o jardineiro Bigode tinha ido viajar, que estava dormindo. Confuso com as informações, Tistu pergunta para seu pônei o que aconteceu com Bigode. Ele revela: Bigode morreu. E este é o único mal em que as flores não podem fazer nada. 
 - Se Bigode morreu, ele está no céu. Então, vou construir uma escada com minhas flores para ele descer! – conclui Tistu. Após construir a escala, era impossível ver onde ela estava terminando. Sumia no céu. Tistu esperou mas bigode não desce. Então ele resolve ir busca-lo. Seu pônei tenta impedi-lo sem sucesso. Tistu sobe a escada, vê sua casa diminuindo, vê as nuvens, perde seus chinelinhos e escuta a voz do Bigode: - Ah, você está aqui! 
Naquela manhã os moradores da Casa-que-Brilha saíram a procura de Tistu e encontraram uma relva diferente, roída pelo pônei, com botões de rosas dourados, formado a frase: Tistu era um Anjo. 


“Tistou Les Pouces Verts” foi escrito em 1957 pelo escritor francês Maurice Druon. 


4)     Fixando o tema:
       Tistu mudou a cidade onde morava com o poder do Amor e do belo. Podemos mudar nossas vidas trazendo a beleza para ela. Deus cobriu a Terra de coisas belas e boas: as flores, as borboletas, os pássaros, os animaiszinhos e as pessoas. Quando sorrimos, desejamos ser alegres e pensamos no bem nossa vida fica mais feliz. Quando cuidamos de nós e de nossas coisas com amor e capricho trazemos o belo para perto de nós e nos sentimos bem. Cuidar com carinho de nosso quarto, nossos brinquedos, nosso material, nossas roupas e nosso corpo é importante. Mas é muito importante cuidarmos de nossos sentimentos e pensamentos: tentar gostar de todo o mundo, usar palabvrinhas mágicas sempe, sorrir com amor! Assim poderemos fazer igual ao Tistu: transformar o mundo para melhor!
5)    Questionando...
Pedir às crianças que pensem no que podem fazer para transformar o mundo e depois criarem um desenho que demonstre essa atitude.

6)    Arte:
Preparar uma cartolina branca e propor às crianças que criem uma imagem do lindo jardim de Tistu, trabalhando com carimbo de mãozinhas e dedinhos.







7)    Música:


Tum Tum Tum

Elizabete Lacerda

Você sabe com bate o coração de Jesus?
Eu sei!
Tum Tum Tum, lá lá lá lá ia.
Tum Tum Tum, lá lá lá lá ia.
É preciso conhecer o amor.
É preciso compreender meu irmão.
Só assim eu vou saber, como bate o coração de Jesus, de Jesus.
Toda vez que a tristeza chegar.
Se acaso eu não puder caminhar.
A canção que vou ouvir, é o som do coração de Jesus, de Jesus.
Tum Tum Tum, lá lá lá ia lá ia.
Tum Tum Tum, lá lá lá ia lá ia.
Tum Tum Tum, bate o coração de Jesus.
Tum Tum Tum, bate o coração de Jesus. BIS......
Não há dor, que Ele não possa curar.
Não há mau, que vai pra sempre existir.
Eu só sei que posso ouvir a canção do coração de Jesus, de Jesus.
Vamos juntos essa prece cantar.
Nossas mãos a de Jesus encontrar.
Já podemos escutar, como bate o coração de Jesus, de Jesus.
Tum Tum Tum, lá lá lá ia lá ia.
Tum Tum Tum, lá lá lá ia lá ia.
Tum Tum Tum, bate o coração de Jesus.
Tum Tum Tum, bate o coração de Jesus. BIS......

VII.         Prece Final.
     

Subsídios para o Evangelizador:

O Evangelho Segundo o Espiritismo

por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires

 IV – O Homem No Mundo

UM ESPÍRITO PROTETOR
Bordeaux, 1863
 10 – Um sentimento de piedade deve sempre animar o coração daqueles que se reúnem sob o olhar do Senhor, implorando a assistência dos Bons Espíritos. Purificai, portanto, os vossos corações.Não deixeis que pensamentos fúteis ou mundanos os perturbem. Elevai o  vosso espírito para aqueles a quem chamais, a fim de que eles possam, encontrando em vós as disposições favoráveis, lançar em profusão as sementes que devem germinar os vossos corações, para neles produzir os frutos da caridade e da justiça.
            Não penseis, porém, que aos vos exortar incessantemente à prece e à evocação mental, queiramos levar-vos a viver uma vida mística, que vos mantenha fora das leis da sociedade em que estais condenados a viver. Não. Vivei com os homens do vosso tempo, como devem viver os homens; sacrificai-vos às necessidades, e até mesmo às frivolidades de cada dia, mas fazei-o com um sentimento de pureza que as possa santificar.
            Fostes chamados ao contato de espíritos de naturezas diversas, de caracteres antagônicos: não melindreis a nenhum daqueles com quem vos encontrardes. Estai sempre alegres e contentes, mas com a alegria de uma boa consciência e a ventura do herdeiro do céu, que conta os dias que o aproximam de sua herança.
            A virtude não consiste numa aparência severa e lúgubre, ou em repelir os prazeres que a condição humana permite. Basta referir todos os vossos atos ao Criador, que vos deu a vida. Basta, ao começar ou acabar uma tarefa, que eleveis o pensamento ao Criador, pedindo-lhe, num impulso da alma, a sua proteção para executá-la ou a sua benção para a obra acabada. Ao fazer qualquer coisa, voltai vosso pensamento à fonte suprema; nada façais sem que a lembrança de Deus venta purificar e santificar os vossos atos.
            A perfeição, como disse o Cristo, encontra-se inteiramente na prática da caridade sem limites, pois os deveres da caridade abrangem todas as posições sociais, desde a mais íntima até a mais elevada. O homem que vivesse isolado não teria como exercer a caridade. Somente no contato com os semelhantes, nas lutas mais penosas, ele encontra a ocasião de praticá-la. Aquele que se isola, portanto, priva-se voluntariamente do mais poderoso meio de perfeição: só tendo de pensar em si, sua vida é a de um egoísta. (Ver cap. V. nº 26)
            Não imagineis, portanto, que para viver em constante comunicação conosco, para viver sob o olhar do Senhor, seja preciso entregar-se ao cilício e cobrir-se de cinzas. Não, não, ainda uma vez: não! Sede felizes no quadro das necessidades humanas, mas que na vossa felicidade não entre jamais um pensamento ou um ato que possa ofender a Deus, ou fazer que se vele a face dos que vos amam e vos dirigem.

Paz e luz!
Laura




Para encantar a alma...

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Para encantar a alma...

"Onde vais passarinho,
Com tanta pressa de manhã?
Vou preencher o meu ninho,
Com fiapinhos de lã...

Onde vais passarinho,
Ao entardecer, cheio de graça?
Vou decorar o meu ninho
Com pedacinhos de massa...

E onde vais passarinho,
Voando à luz do luar?
Vou me aconchegar em meu ninho,
Para logo poder sonhar...

Novo dia,
Primeiros raios de sol...
La vai o passarinho
Buscar folhas no paiol..."

Texto escrito por Simone Patrocínio, inspirado. 
Pastel pictografado por Simone Patrocinio
Paz e Luz! 
Laura

Turma da Mônica - Revista Sobre Drogas

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 Maurício de Souza mais uma vez vem nos auxiliar com excelente material educativo sobre as drogas. Vale a pena conferir e divulgar a revista da Turminha:













É isso! Maravilhosos os quadrinhos, não?
Paz e Luz!
Laura



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Há um mês no curso de patchwork - daqui a pouco vou postar uns trabalhinhos. Estou amando! Beijos.
Paz e Luz!
Laura


Patchwork - Caminho de mesa natal

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Meu primeiro trabalho de patchwork: caminho de mesa de natal com palique de boneco de neve. Um charme, não?





Paz e Luz!
Laura

Patchwork - Panô de Natal

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 Lindopanô de natal feito por mim!


PazeLuz!
Laura


Patchwork - Caminho de Mesa - Log Cabin

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Gente, estou apaixonada! Um mês de aula e já fiz coisitas maravilhosas!
Caminho de mesa em log  cabin, um sonho!

Paz e Luz!
Laura

Aula: Reconhece-se o cristão pelas suas obras

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Aula: Reconhece-se o cristão pelas suas obras

Bibliografia: Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.18, II, 16
I – Acolhida e Harmonização. Duração – no máximo cinco minutos.
1 – Exercício: Colocar um cd com música bem suave. Quando as crianças entrarem na sala, pedir para se postarem em círculo e fazerem o seguinte exercício: com todos em silêncio, murmurar o nome de duas crianças que, sem ruído, trocam de lugar enquanto os outros permanecem imóveis. Continuar até todos trocarem de lugar.
2 – Relaxamento:
3 – Respiração:
Obtido o relaxamento muscular, cada um passa a concentrar sua atenção na respiração, inspirando naturalmente, com a boca cerrada, retendo o ar um pouco e expirando, abrindo suavemente os lábios.
Este método de respiração, utilizado diariamente possibilita uma renovação orgânica e, em conseqüência, maior vitalidade.

  II. Prece.
 III. Atividades
1)        Dinâmica:
Material:
a)     Duas árvores feitas de galhos secos e folhas de papel ou EVA, fixadas em dois vasos (a primeira árvore deve ser frondosa, com galhos grandes e muitas folhas, nela estando dependuradas as frutas boas e suculentas, a segunda com folhas secas e esparsas, contendo apenas poucas frutas estragas).
b)     Frutas (laranjas, bananas, uvas, mixiricas) tanto boas quanto algumas estragadas.
c)     Um caminho desenhado no chão tendo ao final uma bifurcação dando para cada árvore.
d)     Debaixo da árvore frondosa colocar vários bichos (de plástico ou de pelúcia) e bonecos.
Procedimento:
Pedir às crianças para imaginarem que estão numa jornada há muito tempo. Estão caminhando sob o sol forte, cansadas, com fome e sede. Leve-as pelo caminho, ao final da estrada dividir a turma ao meio, encaminhando cada equipe para uma árvore. Observar atentamente a reação das crianças. Podem ocorrer várias situações, dentre elas: aquelas que forem encaminhadas para a árvore boa chamarem pelas outras ou, ao contrário, zombarem da outra equipe. Intervenha com a atitude adequada. Peça a todas para se sentarem em almofadas que você irá distribuir e colocar em torno da árvore boa, fecharem os olhos e elevarem a Deus a uma prece de gratidão por, após tão longa caminhada, encontrarem a sombra e o frescor da árvore amiga, a companhia dos animaizinhos que os alegram e o alimento que sacia sua fome e aplaca sua sede.
2)        Apresentar o tema da aula
Perguntar aos Evangelizandos qual das duas árvores é a boa árvore. Pedir para eles explicarem o porquê de escolherem aquela.
Dizer que reconhece-se uma boa árvore pelos seus bons frutos, pela sombra que proporciona: por ser útil.
Nosso Mestre Jesus nos ensinou que assim também somos conhecidos: por nossos “frutos”. E quais são os “frutos bons” que devemos dar? (deixar que respondam).

3)Contar uma dessas estórias:
Para os Evangelizandos menores:

As duas árvores:
Ao longo de uma longa estrada por onde passavam muitos viajantes e animais cansados e famintos havia uma bifurcação no caminho. Um desvio levava o viajante mais rápido para o final da jornada, mas tinha à sua entrada uma árvore ressecada, triste e que dava poucos frutos, e apesar de poucos, estragados. O  outro caminho tinha em sua entrada uma  antiga, grande e frondosa árvore, que oferecia sombra fresca para os viajantes descansarem, além de deliciosos frutos que saciavam sua fome e aplacavam sua sede.
Todos já conheciam a maravilhosa bondade daquela árvore, que proporcionava sombra e abrigo para as pessoas e animais, e ainda dava-lhes frutos deliciosos que os sustentava na jornada. Assim, aquela árvore foi ganhando a gratidão, a amizade e o respeito de todos que por ali passavam.
A outra árvore, entretanto, não atraia ninguém para perto de si, gaba-se por só dar frutos imprestáveis para serem comidos, pois achava que se as pessoas comessem de seus frutos lhe tirariam o que ela tinha de melhor. Gostava que ninguém se agasalhasse sob sua copa, pois achava que suas folhas deviam servir tão somente para  ela e mais ninguém, e  ainda provocava a boa árvore:
- Você é uma boba, todas essas pessoas e animais se agasalhando embaixo de você, comendo de seus frutos, sem lhe dar nada em troca. Assim você vai acabar sem nada, porque distribui sombra e alimento de graça para todo o mundo.
A boa árvore, porém, respondia:
- Você está enganada, minha amiga. Quanto mais meu coração deseja sinceramente cobrir aqueles que se abrigam sob minha copa do sol, da chuva e do sereno da noite mais o Senhor de todos os mundos me concede vigor e folhagens espessas e belas. Minhas flores perfumam a vida daqueles que por aqui passam, e eles levam em suas memórias meu perfume para todo o sempre. Quanto mais os alimento com meus frutos, que para isso foram criados por Deus, mais frutos eu consigo produzir, pois o amor e a gratidão que sentem em seus corações me fortalece e alegra.
Ouvindo aquelas palavras cheias de sabedoria a árvore má enchia-se de inveja e retrucava:
_Ah, mas você pode  se dar ao luxo de sair por aí distribuindo sombra, perfume e frutos, porque Deus te fez bonita, frondosa  e produtiva. Já eu, coitadinha, eu quase nada tenho, se for dar o que tenho fico sem  nada.
- Oh, mas isso não é verdade, minha menina – respondeu a boa árvore – para ser bom é necessário apenas desejar firmemente, pedir ajuda a Jesus e aos bons espíritos, esforçar-se para melhorar e você vai conseguir, isso eu tenho a certeza!
Assim, a partir daquele dia a árvore foi se esforçando para estender suas folhinhas sobre aqueles que ali passavam, orava fervorosamente para conseguir ser  útil, e, dia a dia, lutando contra suas imperfeições, foi se transformando numa árvore tão linda, frondosa, perfumada e útil como sua amiga. E todos ganharam: os viajantes, os animais e as duas árvores amigas!
Laura Souza Machado

Para os Evangelizandos maiores:

         Chegando em casa após as aulas, Denis procurou não fazer ruído. Entrou pé-ante-pé, com receio de enfrentar a mãe. Todavia, não escapou da pergunta costumeira:
         — Onde esteve, meu filho?
         — Ora, mamãe! No colégio, é lógico!
         — Denis, suas aulas terminaram às 5 e já passam das 7 horas da noite. O que fez nesse tempo todo?
         A senhora se preparou para ouvir as explicações do filho, que nos últimos dias aconteciam com frequência. Denis fez cara de inocente e retrucou:
         — Poxa, mamãe! Tenho que dar conta de todos os meus passos? Estava com amigos, ora!
         — Que amigos?
         — Uma turma legal que conheci há algum tempo.
         Como o pai não tardaria a chegar e ela estivesse atrasada com a refeição, a senhora deu por terminada a conversa, dizendo:
         — Falaremos sobre isso depois, meu filho. Agora, tome o seu banho e não demore. Hoje é dia de nosso Evangelho no Lar, lembra-se?
         O garoto concordou, feliz por ter se livrado da bronca.
         Após o jantar, sentaram-se para fazer o Evangelho. O pai Eugênio, a mãe Clara, Luciana de 6 anos e Denis.
         A lição da noite, aberto o livro ao acaso, foi:
         “A árvore que produz maus frutos não é boa e a árvore que produz bons frutos não é má; portanto cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto. Não se colhem frutos nos espinheiros, nem cachos de uvas nas sarças. O homem de bem tira as coisas boas do bom tesouro do seu coração e o homem mau tira as más do mau tesouro do seu coração; porquanto a boca fala do que está cheio o coração”. (Lucas, 6:43 a 45.)
         Após a leitura, fizeram comentários sobre a lição. Clara explicou:
         — Jesus quis dizer com essas palavras que nosso comportamento dirá aos outros como nós somos. Daí a importância do nosso exemplo em qualquer lugar: na escola, no trabalho, na rua, no lar. Se agirmos mal, seja através de palavras ou de atos, estaremos demonstrando a todos que viemos de uma árvore má. E isso denota o que trazemos por dentro, como são baixos os nossos pensamentos, que se traduzem em atitudes negativas da nossa parte.
         Luciana, que ouvira a conversa da mãe com o irmão, lembrou-se de comentar:
         — Mamãe, ontem vi Denis com uma turma tão esquisita! Os meninos eram grandes, usavam cabelos pintados de cores fortes e tinham brincos nas orelhas.
         Denis, que ouvia calado, respondeu irritado:
         — Você não tem nada com isso, sua fofoqueira! Eles são legais e meus verdadeiros amigos.
         O pai interferiu, prontamente:
         — Calma, meus filhos! Não é hora para discutirmos esse problema. Nossa reunião semanal não é um tribunal em que analisamos as atitudes das pessoas. Além disso, Luciana, não podemos julgar ninguém pela aparência externa. O importante é o que a pessoa é por dentro. Os amigos de Denis podem ser excelentes garotos. A verdade é que não os conhecemos.
         Denis olhou para o pai, agradecido pela força que lhe dera, enquanto Luciana fazia uma careta para o irmão. A mãe, para concluir, disse-lhe com carinho:
         — Os pais sempre querem o melhor para seus filhos. Se muitas vezes parecemos severos, é que desejamos dar a vocês a melhor educação possível, para que ninguém venha a dizer que vocês são frutos de uma árvore má. Especialmente você, Denis, que já está com doze anos, deve ter muito cuidado com as amizades que escolhe, porque existem por aí muito desequilíbrio, vícios e toda espécie de mal. Mas, confiamos em vocês, que receberam a boa semente do Evangelho de Jesus e temos certeza de que sempre agirão o melhor possível de acordo com suas consciências.
         Clara fez uma prece e deu por terminada a reunião.
         No dia seguinte, a turma de Denis combinou de sair à noite. O rapazinho prometeu que ia falar com os pais.

         Assim, acabando as aulas, foi direto para casa. A mãe ficou satisfeita, achando que era resultado da conversa do dia anterior.
         Encontrando um momento propício, Denis pediu:
         — Papai, mamãe, gostaria de sair hoje à noite com a turma. Afinal, já tenho doze anos.
         O casal trocou um olhar preocupado. Eugênio perguntou:
         — Aonde pretendem ir?
         — Apenas comer um sanduíche, papai. Abriu uma lanchonete nova e queremos conhecer. Prometo que volto logo. Deixa, pai!
         — Está bem, meu filho. Mas não demore! — concordou o pai, dando-lhe algum dinheiro.
         Todo satisfeito, Denis arrumou-se e saiu para encontrar com os amigos.
         — Aonde vamos? — perguntou a Vitão, o líder da turma.
         — Dar um “rolé” por aí. Aguarde e verá. Não vai se arrepender.
         Denis não entendeu, mas ficou calado. A turma era de quatro rapazes mais velhos, experientes, e ele sentia-se orgulhoso de ter sido aceito por eles.
         Logo passaram por um carro estacionado e o líder deu uma risadinha:
         — Esse carro é do professor de Ciências, aquela careta. Caprichem nele.
         Os rapazes rodearam o carro e esvaziaram completamente os pneus, para espanto de Denis.
         Mais adiante, local de menos movimento, Vitão tirou do bolso interno da jaqueta um spray de tinta preta e puseram-se a pichar um muro pintado de novo. Horrorizado, Denis via tudo isso sem poder fazer nada. Não estava reconhecendo os amigos.
         Depois, passando por um orelhão, quebraram todo o aparelho telefônico.
         Naquele instante, vendo o vandalismo dos amigos, Denis lembrou-se da lição do dia anterior. Certamente aqueles frutos não viriam de árvores boas. Apesar do medo que sentia do líder, garoto forte e agressivo, resolveu dar um basta:
         — Estou fora — disse.
         — Como assim? — perguntou Vitão, espantado.
         — Você entendeu. Se é esse tipo de coisa que vocês costumam fazer, não são meus amigos, nem amigos de ninguém. Estou fora. Adeus.
         Fez meia volta, sem se preocupar com a reação do bando, e retornou para casa. Estava triste e decepcionado, mas, ao mesmo tempo, orgulhoso por ter tido coragem de tomar uma atitude.
         Ao entrar, sua mãe estranhou:
         — Ué! De volta tão cedo?!...
         — É, mamãe. Descobri que o melhor sanduíche ainda é o seu.
         — E a turma? — indagou o pai, surpreso.
         — Ficaram lá. Percebi que não me servem. Não são frutos bons.
         Satisfeito, comeu com apetite o sanduíche que sua mãe preparou com imenso carinho. 
Tia Célia
Célia Xavier Camargo 

Fonte: O Consolador - Revista Semanal de Divulgação Espírita 



4)       Indagar e explicar para os Evangelizandos:
Assim como as árvores, também somos conhecidos pelos “frutos” que produzimos. Os frutos bons são as virtudes que possuímos: caridade, fé, esperança, mansuetude, paciência, domínio próprio.Os frutos maus são os vícios: orgulho, egoísmo, desamor, preconceito.E você: quer d ar bons ou maus frutos?
5)Artes:
Distribuir o desenho abaixo para os Evangelizandos pintarem, recortarem e montarem a “Árvore e seus bons frutos”.

Escrevendo com  o Coração: 
Distribuir o coração abaixo feito de retalho de EVA para as crianças confeccionarem um enfeite para lápis, a fim de se lembrarem da aula durante o restante do ano.

    


6)        Cantar a música “Mensaagem de Amor” do CD Cancioneiro Espírita:


7) Prece Final.
     
Subsídios para o Evangelizador:

 II – Reconhece-se O Cristão Pelas Suas Obras

SIMEÃO
Bordeaux,1863
             16 – “Nem todos os que me dizem Senhor, Senhor, entrarão no Reino dos Céus, mas somente o que faz a vontade de meu Pai, que está nos Céus”. Escutai estas palavras do mestre, todos vós que repelis a doutrina espírita como obra do demônio! Abri os vossos ouvidos, pois chegou o momento de ouvir! Será suficiente trazer a libré do Senhor, para ser um fiel servidor? Será bastante dizer:“ Sou cristão ”, para seguir o Cristo? Procurai os verdadeiros cristãos e os reconhecereis pelas suas obras. “Uma árvore boa não pode dar maus frutos, nem uma árvore má dar bons frutos”. – “Toda árvore que não der bons frutos será cortada e lançada no fogo”. – Eis as palavras do Mestre. Discípulos do Cristo, compreendei-as bem! Quais os frutos que a árvore do Cristianismo deve dar, árvore possante, cujos ramos frondosos cobrem com a sua sombra uma parte do mundo, mas ainda não abrigaram a todos os que devem reunir-se em seu redor? Os frutos da árvore da vida são frutos de vida, de esperança e fé. O Cristianismo, como o vem fazendo desde muitos séculos, prega sempre essas divinas virtudes, procurando distribuir os seus frutos. Mas quão poucos os colhem! A árvore é sempre boa, mas os jardineiros são maus. Quiseram moldá-la segundo as suas idéias, modelá-la de acordo com as suas conveniências. Para isso a cortaram, diminuíram, mutilaram. Seus ramos estéreis já não produzem maus frutos, pois nada mais produzem. O viajor sedento que se acolhe à sua sombra, procurando o fruto de esperança, que lhe deve dar força e coragem, encontra apenas os ramos adustos, pressagiando mau tempo. É em vão que busca o fruto da vida na árvore da vida: as folhas tombam secas aos pés. A mãos do homem tanto as trabalharam, que acabaram por crestá-las!
            Abri, pois, vossos ouvidos e vossos corações, meus bem amados! Cultivai esta árvore da vida, cujos frutos proporcionam a vida eterna. Aquele que a plantou vos convida a cuidá-la com amor, que ainda a vereis dar com abundância os seus frutos divinos. Deixai-a assim como o Cristo vo-la deu: não a mutileis. Sua sombra imensa quer estender-se por todo o universo; não lhe corte a ramagem. Seus frutos generosos caem em abundância, para alentar o viajor cansado, que deseja chegar ao seu destino. Não os amontoeis, para guardá-los e deixá-los apodrecer, sem servirem a ninguém. “São muitos os chamados e poucos os escolhidos”. É que há os açambarcadores do pão da vida, como os há do pão material. Não vos coloqueis entre eles; a árvore que dá bons frutos deve distribuí-los para todos. Ide, pois, procurar os necessitados; conduzi-os sob as ramagens da árvore e partilhai com eles o abrigo que ela vos oferece. “Não se colhem uvas dos espinheiros”. Meus irmãos, afastai-vos, pois, dos que vos chamam para apontar os tropeços do caminho, e segui os que vos conduzem à sombra da árvore da vida.
            O divino Salvador, o justo por excelência, disse, e suas palavras não passarão: “Os que me dizem Senhor, Senhor, nem todos entrarão no Reino dos Céus, mas somente aqueles que fazem a vontade de meu Pai, que está nos Céus”. Que o Senhor das bênçãos vos abençoe, que o Deus da luz vos ilumine; que a árvore da vida vos faça com abundância a oferenda dos seus frutos! Credes e orai!

Paz e luz!
Laura

Cofre - Porquinho de PET

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Vamos fazer um lindo cofrinho-porquinho para poupar?
Material:
  • garrafa PET pequena com tampa;
  • 4 tampas de garrafas PET ou 4 rolhas;
  • tintas acrílicas;
  • cartolinas;
  • fita cola dupla face;
  • tesoura;
  • marcador;
  • outros materiais a gosto, como botões para os olhos.
Como fazer:
  1. Tirar os rótulos da garrafa,
  2. Lavar a garrafa com água e sabão,
  3. Deixar secar bem,
  4. Fechar a garrafa e coloá-la na horizontal,
  5. Com o marcador marcar o local onde quer fazer o furo para colocar as moedas,
  6. Com a tesoura ou estilete abrir o orifício pela marca (se você for criança pedir para um adulto fazer isso!),
  7. Colocar os pés do porquinho (pode ser de tampinhas, rolhas ou rolinhos de EVA,
Agora é só colocar mãos à obra, dando asas à imaginação! Quanto mais materiais reaproveitados você utilizar, mais bonito, estiloso e ecologicamente correto seu porquinho ficará!
Dicas:
Utilize cola quente para colar os pés, 
Utilize fita cola dupla para prender o papel ou cartolinas à garrafa,
Se vai pintar a garrafa passe primeiro uma demão de primer para artesanto, para a tinta não descascar!

Pronto! Você terá um cofrinho personalizado e estará contribuindo com o meio-ambiente!
Esse porquinho aqui 
é super estiloso, você encontra o PAP no Blog Amiga da Educação.
Paz e Luz!
Laura

Aula: A fé que transporta montanhas

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Aula: A fé que transporta montanhas
Turma: Jardim – Sala Joanna de Angelis
Bibliografia: Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.18, itens 1 a 7, 11 e 12
I – Acolhida e Harmonização.  Duração – no máximo cinco minutos.
1 – Exercício: Colocar um cd com música bem suave. Quando as crianças entrarem na sala, pedir para se postarem em círculo, fecharem os olhos e prestar atenção na música
2 – Relaxamento:
3 – Respiração:
Obtido o relaxamento muscular, cada um passa a concentrar sua atenção na respiração, inspirando naturalmente, com a boca cerrada, retendo o ar um pouco e expirando, abrindo suavemente os lábios.
Este método de respiração, utilizado diariamente possibilita uma renovação orgânica e, em conseqüência, maior vitalidade.
  II. Prece.
 III. Atividades
1)            Dinâmica:
Material:
a)     Duas árvores feitas de galhos secos e folhas de papel ou EVA, fixadas em dois vasos (a primeira árvore deve ser frondosa, com galhos grandes e muitas folhas, nela estando dependuradas as frutas boas e suculentas, a segunda com folhas secas e esparsas, contendo apenas poucas frutas estragas).
b)     Frutas (laranjas, bananas, uvas, mixiricas) tanto boas quanto algumas estragadas.
c)      Um caminho desenhado no chão tendo ao final uma bifurcação dando para cada árvore.
d)     Debaixo da árvore frondosa colocar vários bichos (de plástico ou de pelúcia) e bonecos.
Procedimento:
Pedir às crianças para imaginarem que estão numa jornada há muito tempo. Estão caminhando sob o sol forte, cansadas, com fome e sede. Leve-as pelo caminho, ao final da estrada dividir a turma ao meio, encaminhando cada equipe para uma árvore. Observar atentamente a reação das crianças. Podem ocorrer várias situações, dentre elas: aquelas que forem encaminhadas para a árvore boa chamarem pelas outras ou, ao contrário, zombarem da outra equipe. Intervenha com a atitude adequada. Peça a todas para se sentarem em almofadas que você irá distribuir e colocar em torno da árvore boa, fecharem os olhos e elevarem a Deus a uma prece de gratidão por, após tão longa caminhada, encontrarem a sombra e o frescor da árvore amiga, a companhia dos animaizinhos que os alegram e o alimento que sacia sua fome e aplaca sua sede.
2)       Apresentar o tema da aula
Hoje nós vamos aprender sobre a fé. Alguém sabe o que é fé? Vocês conhecem alguma história sobre a fé? Incentivar os Evangelizandos a falar e discutir sobre a fé.
3)     Contar essa estória:
A Lição do Jabuti

A águia abriu as grandes asas e ergueu vôo. E viu na Floresta Maravilhosa vários porquinhos brincando de rolar pela grama. “Onde estará a mãe deles?” – pensou ela. E, como não vise Dona Porca pelas redondezas, voou com rapidez em direção aos porquinhos e... zás! Levou um para o seu ninho na Montanha Azul.


- Pare de chorar, disse a águia. Não vou lhe fazer mal. Eu vivo sozinha e você será tratado como se fosse um filhote meu.
Mas o porquinho continuava a chorar, cada vez mais alto, chamando pela verdadeira mãe.
- Já lhe disse para não chorar nem gritar. Não quero ficar irritada e castigar você.

Enquanto isso, lá em baixo, Dona Porca e seus filhinhos continuavam desesperados com o que acontecera. Foi quando vários animais, ouvindo lamentações, aproximaram-se, perguntando o que houve.


- A águia levou para o pico da montanha um de meus filhinhos! Ajudem-me! Por favor, ajudem-me! Quero meu filhinho mais novo de volta!
Os animais entreolharam-se
- Eu gostaria de ajudá-la, disse o urso. Mas não posso, não tenho forças para subir a montanha, que é muito alta!
- E o senhor coelho?
- Eu?
- Sim, pode me ajudar?
O coelho sacudiu a cabeça, negativamente.
- Ah, não posso... Tenho medo de dona Águia!
Nesse momento, aproximou-se devagarzinho o jabuti conhecido pelo apelido de “Capacete”, devido à sua casca. E foi logo dizendo:
- Se a dona porca quiser, estou aqui para ajudá-la. 
Os animais deram uma gargalhada.
- Ajudar com essas pernas curtinhas e esse corpo pesado? Exclamou o esquilo rindo.
- Você não conseguirá com essas perninhas e com esse peso chegar ao pico da montanha! É melhor desistir, acrescentou a corsa, achando, também graça.
O jabuti, muito sério, respondeu:
- Deus ajuda quem tem boa vontade. Eu sou pesado e tenho as pernas curtas, é verdade. Mas com minha vontade hei de trazer de volta o filhinho de dona porca.
E começou lentamente a subir a montanha. 

Gastou muito tempo para chegar ao alto. A águia, felizmente, fora buscar alimentos, longe... O porquinho, ao ver o jabuti, saiu do ninho e correu ao seu encontro.

- Graças a Deus alguém veio me salvar! Rezei tanto para isso! Como está minha mãezinha?
- Sua mãe e seus irmãos estão bem, respondeu o jabuti, respirando com dificuldade. Eu é que não estou... Deixe-me respirar um pouco... Pronto! Agora sim, estou ótimo!
- Como fugir daqui? Não sei o caminho de volta e você, Capacete, não consegue correr. A águia nos pegará... Ela vai voltar de um momento para o outro!


- Tenha fé em Deus e encontraremos uma solução.
- Olhe! Exclamou de repente o porquinho, arregalando os olhos. Veja aquela nuvem negra... É a águia! Ela chegará dentro de pouco tempo! O que fazer?
- Orar meu amiguinho. A fé remove montanhas! E nós estamos em uma montanha... Vamos orar!
E começaram a orar o Pai Nosso. Após a prece, ambos viram aparecer o espírito luminoso do pai do jabuti, que disse:
- Ouvi o pedido de socorro e vou ajudá-los. Ao pé desta montanha existe um grande lago de águas azuis. Vocês devem mergulhar nele.

- Eu sei nadar muito bem. Foi o senhor que me ensinou! Respondeu o porquinho.
- Depressa meu filho. Faça o que eu disse! A águia já está chegando. Mergulhe no lago com seu amiguinho... Coragem!

O jabuti pediu que o porquinho se agarrasse firme em seu casco.
- Segure com mais força. Assim!
E ambos se atiraram no lago... Tibum! Exatamente quando a águia pousava no ninho.
Dona porca, quando viu o filhinho chegar carregado pelo jabuti, correu ao seu encontro, chorando de alegria.

O jabuti, humilde, olhava os dois.
- Deus lhe pague pelo que fez! Disse dona Porca. Realizou uma façanha que muitos animais grandes e ligeiros não seriam capazes! Como conseguiu?
- Com a minha fé! Respondeu o jabuti.

E, lentamente, afastou-se, enquanto pensava:
- Eu nada sou, mas, estando com Deus, que pode o mundo contra mim?

Obs.: O Evangelizador pode mostrar as figuras, mas se tiver tempo pode montar o seguinte cenário para contar a estória dramatizando, que os Evangelizandos vão adorar:
_ Uma pradaria com grama, árvores, montanhas e um lago. Uma placa de isopor serve como base. Papel camurça verde dá um bom gramado, ou papel verde picado, musgo, areia tingida de verde. As montanhas podem ser feitas com jornal amassado e pintado, ou cones de isopor. O lago de papel celofane azul.  
Você pode usar bichinhos de plástico, biscuit, resina ou fazê-los de feltro, dobradura ou fantoches de varetas.

4)     Indagar e explicar para os Evangelizandos:
O que vocês acharam da estória?
Vocês viram como o jabuti, mesmo pequeno, com perninhas curtas e andando devagar salvou o porquinho? O que será que motivou o jabuti a superar todas as dificuldades, suas limitações (tamanho, incapacidade de ser rápido, ter perninhas curtas, não agüentar carregar o peso do porquinho), a distância da alta montanha, o medo?
Incentivar as crianças a chegarem à resposta: a fé!
O Mestre Jesus nos ensinou que a fé transporta montanhas, isso não é tirar a montanha de um lugar e colocar no outro. A montanha que a fé transporta são as dificuldades, os medos, a luta constante para corrigirmos nossos defeitos e superarmos os obstáculos e desafios.
5)     Artes:
Vamos fazer um porquinho de garrafa Pet? 

Veja o PAP aqui!:

6) Cantar a música “Coragem e Fé” de Jean Charlles:


Compositor: Jean Charlles
Tom: G
                 
EmDC 4x 
G                               C
Quero ter coragem e fé em toda dor
         D                   G       G4   G
Em todo mal que acontecer comigo
                                    C
Sábia luz de eterno amor que vem de Deus
        D                  G        D/F# Em
E o consolo de tão grande amigo
 
                          C9    Em
Sei que vem provar minha fé
               C9                   Em
Se confio na Tua vontade
                  C9
Se me manterei de pé
       D
Mesmo até
 C            Dsus G
Após a grande tempestade
 
       D/F#   C          D            G
O que semear aqui por toda a minha vida
      D/F#       C        Dsus G
Colherei na vida do espírito
       D/F#          C          D            G
Frutos de coragem e fé ante o medo e a fraqueza
      D/F#        C       Dadd9   G
Provirão de Teu amor perfeito
 
       D/F#     C          D          G
Se um dia sucumbir, vou querer levantar
          D/F#        C        Dsus G
E seguir a caminhada firme em Tua mão
          D/F#      C            D          G
E quando forte estiver e alguém vier perguntar
             D/F#        C      Dadd9      intro
É Cristo em minha alma, corpo e coração

6)    Prece Final.
     
Subsídios para o Evangelizador:

 Portal do Espírito

A sua referência sobre Doutrina Espírita na Internet Fé que transporta montanhas
Grupo Espírita Apóstolo Paulo
Porque na verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar, e nada vos será impossível. (Mateus, XVII: 14-19)
Fé humana e fé divina
- A fé é humana ou divina, segundo a aplicação que o homem der às suas faculdades, em relação às necessidades terrenas ou às suas aspirações celestes e futuras. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, XIX, 12)
Fé cega e fé racional
- A fé necessita de uma base, e essa base é a perfeita compreensão daquilo em que se deve crer. Para crer, não basta ver, é necessário sobretudo compreender. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, XIX, 6)
Fé ativa e fé passiva
Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. (Tiago 2, 14 e 17)
Acima, colocamos um exemplo de como a palestra pode ser apresentada em uma lousa. A seguir, os comentários que podem ser feitos a cada item em destaque.

Fé que transporta montanhas

Este tema visa esclarecer ao público qual o verdadeiro sentido da fé e o que ela significa para as nossas vidas. Como a Doutrina Espírita compreende este sentimento e de que forma colocá-lo em prática frente às dificuldades da existência.
Porque na verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar, e nada vos será impossível. (Mateus, XVII: 14-19)
Explique esta passagem, onde Jesus diz que quem tiver fé do tamanho de um grão de mostarda, ou seja, muito pequeno, terá capacidade para remover montanhas. Com isso, o Mestre nos faz refletir sobre quanto somos descrentes nos momentos difíceis. Que temos muita teoria, mas na hora da prova, fraquejamos. E que uma pequena dose de fé já nos faria maravilhas.
É necessário deixar claro que as montanhas que serão transportadas são um simbolismo dos nossos problemas, dificuldades. São também as nossas limitações, os nossos defeitos e imperfeições.
Jesus nos deixa claro o poder deste sentimento tão falado e tão pouco compreendido e praticado, pois ele esclarece que nada nos será impossível se soubermos usar esta poderosa força espiritual.
Fé humana e fé divina
- A fé é humana ou divina, segundo a aplicação que o homem der às suas faculdades, em relação às necessidades terrenas ou às suas aspirações celestes e futuras. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, XIX, 12)
No Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo 19, item 12, Kardec define a fé como sendo uma força de vontade direcionada para um certo objetivo, ou seja, a vontade de querer. E esta força pode ser aplicada em dois campos distintos: o material e o espiritual, conforme o objetivo proposto.
No campo material, Kardec define a fé como humana, quando ela é usada para conseguir objetivos materiais e intelectuais, como por exemplo: a construção de uma empresa, a melhoria profissional buscando novos horizontes de atuação. Todos nós temos que ter esta fé, que é a crença em nossa própria capacidade de realizar uma tarefa material. Mas ela deve ser aliada à humildade e à racionalidade, para não se transformar em orgulho, sentimento este que nos traz ilusões sobre a nossa personalidade.
Cite ao público vários exemplos de homens que realizaram grandes tarefas para o bem da sociedade, acreditando no seu próprio potencial, em vários campos de atuação, como por exemplo: a política, as ciências, os descobrimentos e também o campo empresarial.
No campo espiritual, Kardec define a fé como divina, pois ela orienta o homem na crença em uma força superior a ele e a tudo, que direciona a sua capacidade na busca de algo além do material, na descoberta do seu lado imortal. É a religiosidade, agregando a caridade, a fraternidade e a melhoria interior.
Esta fé, aliada à fé humana, espiritualiza os objetivos desta última e direciona esta força material para a satisfação da coletividade e não mais só da individualidade.
Fé cega e fé racional
- A fé necessita de uma base, e essa base é a perfeita compreensão daquilo em que se deve crer. Para crer, não basta ver, é necessário sobretudo compreender. (O Evangelho Segundo o Espiritismo, XIX, 6)
Aqui vamos definir a fé que a nossa Doutrina veio propagar, que é a Fé Racional. Aquela que conforme este trecho do Evangelho Segundo o Espiritismo, veio aliar a este sentimento de crença e vontade de querer, uma qualidade própria do nosso tempo, que é a razão. É ela quem dá uma base sólida a nossa crença, podendo encarar a ciência e o progresso a qualquer tempo. E que também nos ensina que não basta só crer ou ver, é também necessário compreender. Isto se aplica principalmente ao Espiritismo, onde o estudo e a prática da caridade são fundamentais para um bom desenvolvimento do trabalhador espírita. Não basta também sentir, ver, ouvir, incorporar ou falar com os espíritos, é importante compreender sua natureza, o seu ambiente, a sua ação no mundo material e no espiritual. Reafirme o que diz o E.S.E., que é necessários compreender antes de ver.
Deixe claro o perigo da fé cega, aquela que acredita sem compreender, sem questionar, pois ela é a gênese do fanatismo religioso que causou tanto mal para a humanidade, e que deve ser combatida com serenidade e racionalidade
Fé ativa e fé passiva
Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. (Tiago 2, 14 e 17)
Encerrando a palestra, saliente que a Fé sem obra não vale nada, mesmo a Fé Racional, pois só o conhecimento não salva ninguém. É vital aplicarmos o que estamos aprendendo e o que já sabemos, mudando o mundo em nossa volta, primeiramente o nosso interior e depois a parte externa.
Não adianta nada lermos toda a Bíblia, todas as obras da codificação, todas as obras complementares, se todo este cabedal de ensinamentos não mudar o nosso espírito para melhor, transformando em obras materiais e espirituais o que aprendermos. É o benefício que podemos fazer ao próximo, e que, com certeza, será também revertido para nós mesmos.
Paz e luz!
Laura




Aula: Os trabalhadores da última hora

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Aula: Os trabalhadores da última hora.
Turma: Jardim – Sala Joanna de Angelis
Bibliografia: Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 20 itens 1 a 3.
I – Acolhida e Harmonização.  Duração – no máximo cinco minutos.
1 – Exercício: Colocar um cd com música bem suave. Quando as crianças entrarem na sala, pedir para se postarem em círculo, fecharem os olhos e prestar atenção na música
2 – Relaxamento e respiração:
Obtido o relaxamento muscular, cada um passa a concentrar sua atenção na respiração, inspirando naturalmente, com a boca cerrada, retendo o ar um pouco e expirando, abrindo suavemente os lábios.
Este método de respiração, utilizado diariamente possibilita uma renovação orgânica e, em conseqüência, maior vitalidade.
  II. Prece.
 III. Atividades
1)  Apresentar o tema da aula
Hoje nós vamos aprender uma parábola que Jesus contou. Vocês sabem o que é parábola? É uma história para ilustrar um ensinamento. Então vamos conhecer essa história.
2)Contar a parábola dos trabalhadores da última hora: 
Um dia Jesus disse: "O reino do céu é como o dono de uma plantação de uvas, que saiu de manhã bem cedo para contratar trabalhadores para a sua plantação. Como era costume, ele combinou com eles o salário de uma moeda de prata por dia e mandou que fossem trabalhar em sua plantação.
Às nove horas, saiu outra vez, foi à praça do mercado e viu ali alguns homens que não estavam fazendo nada. Então disse:
_ "Vão vocês também trabalhar na minha vinha, que é a plantação de uvas, e eu pagarei o que for justo."
 Eles foram. Ao meio dia e às três da tarde fez a mesma coisa com outros trabalhadores.

Eram quase cinco horas da tarde quando o dono da plantação voltou à praça. Viu outros homens que estavam ali e perguntou:
_ "Por que vocês estão o dia todo aqui sem fazer nada?"
Eles responderam:
_ "É porque ninguém nos contratou. Então ele disse: "Vão vocês também trabalhar na minha vinha”.
No fim do dia ele disse ao administrador:
_“Chame os trabalhadores e faça o pagamento, começando com os que foram contrastados por último e terminando pelos primeiros".

Os homens que começaram a trabalhar às cinco horas da tarde receberam uma moeda de prata cada um. Então os que foram contratados primeiro pensaram que iam receber mais, porém eles também receberam uma moeda de prata cada um. Pegaram o dinheiro e começaram a resmungar contra o patrão dizendo:
_"Estes homens que foram contratados por último trabalharam somente uma hora, mas nós agüentamos o dia todo debaixo deste sol quente. No entanto o pagamento deles foi igual ao nosso!"
Aí o dono da vinha disse a um deles:
_"Escute amigo, eu não fui injusto com você. Você não concordou em trabalhar o dia todo por uma moeda de prata? Pegue o seu pagamento e vá embora. Pois eu quero dar a este homem que foi contrastado por último o mesmo que dei a você. Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com o meu próprio dinheiro? Ou você está com inveja somente porque fui bom para ele?"

Jesus terminou dizendo: "Os primeiros serão os últimos, e os últimos serão os primeiros”.

3) Explicando...
No livro “História que Jesus Contou”, de  Clóvis Tavares, encontramos essa bela explicação da parábola que estamos estudando, onde o Evangelizador poderá retirar muitos ensinamentos para passar a seus Evangelizandos:
Esta bela história, filhinho, mostra como Deus executa Sua Perfeita Justiça.
À primeira vista, parece que os operários quei­xosos tinham razão de reclamar contra o vinhateiro, pois eles trabalharam mais tempo que os últimos, que só tiveram uma hora de serviço. Esse, filhinho, é o raciocínio humano, é idéia da justiça humana, que só considera o lado exterior das coisas. No caso da parábola, os operários não tinham direito de recla­mação, porque estavam recebendo o salário combi­nado na praça com seu patrão. Era o salário comum naquele tempo, para o trabalho de um dia. O senhor da vinha havia prometido pagar um denário e cum­priu sua palavra.
Não houve nenhuma injustiça da parte do pro­prietário da vinha. Ele quis pagar támbém um dená­rio, isto é, o salário justo, aos trabalhadores de últi­ma hora, certamente porque viu que o serviço feito por estes, nessa única hora, foi feito com boa von­tade, amor e cuidado. Ele considerou, não o tempo, mas, a qualidade do serviço feito.
Assim é a Justiça Divina, filhinho. Ela nos re­compensará, um dia, na Eternidade, pelo trabalho que fizermos em favor do Reino de Jesus na Terra. A recompensa, porém, será dada, não em consideração ao número de horas de nosso serviço, nem à quan­tidade do mesmo. Não, meu filho, Deus não olhará o lado exterior, visível, nem o volume de nossas obras. Deus nos julgará pela qualidade de nosso trabalho, pela sinceridade de nossos atos, pela nossa boa von­tade no auxílio aos outros, pelo amor, cuidado e dedi­cação com que cumprirmos nossas tarefas. Deus olha a qualidade de nosso trabalho e não as horas de nosso serviço. A Justiça Divina considera nosso co­ração e nosso caráter, e não nosso relógio e nossa balança.
       Que seu serviço, filhinho, na Vinha do Evange­lho, agora ou mais tarde, quando você crescer, seja sempre feito com boa vontade, com sinceridade, com amor. Que você não se habitue a reclamações. Que você nunca inveje o que seja dado aos outros, como fizeram os trabalhadores das primeiras horas. Res­peite o trabalho e o entusiasmo dos companheiri­nhos novos, que vão chegando para a Escola de Evangelho e começando a fazer alguma coisa para Jesus. Não sinta ciúme, se eles receberem qualquer atenção, ou provas de bondade, dos professores. A Parábola é uma grande lição contra o Espírito de reclamação, contra a mania das queixas, contra o veneno da inveja.
       Que você, filhinho, procure fazer sempre, com boa vontade e humildade, qualquer serviço, pequenino ou maior, que Jesus confia ao seu coração.”

3)     Indagar e explicar para os Evangelizandos:
a) O que vocês acharam da estória?
b) Na parábola que aprendemos hoje vimos que os homens que trabalharam mais tempo e receberam o mesmo pagamento daqueles que chegaram por último ficaram murmurando contra o dono da vinha. Vocês sabem o que é murmurar?  (dar um tempo para os Evangelizandos responderem, e, após, conduzi-los a descobrir que murmurar é a mesma coisa que resmungar, falar entre dentes, se queixar com mau humor, é falar mal da pessoa “por trás”.
c) Por que aqueles trabalhadores murmuravam? Esperar as respostas e conduzir os Evangelizadores à descoberta de que aqueles trabalhadores se  sentiam injustiçados, e, mais ainda, estavam com inveja dos homens que trabalharam menos e ganharam o mesmo salário que eles.
d) O que vocês acham é invejar? Proceder como anteriormente, deixando as crianças se pronunciarem, para logo a seguir concluir que Invejar é querer o que o outro tem, é cobiçar as coisas do outro. É ficar triste quando o outro está bem ou possui algo que a gente gostaria de ter.
e) Você já sentiu ou viu alguém se sentir como os trabalhadores da vinha?
f) Sabe, eu conheço um garotinho que se chama Paulinho. Ele tirou uma nota vermelha na escola, e quando viu que o Eduardo tirou uma nota boa ele morreu de raiva. Achou que era injusto o Eduardo tirar nota boa e ele não. Qual o sentimento que o Paulinho estava tendo naquele momento?
g) Ah, tem também uma garotinha, a Gracinha, que usa o material que ganhou da Escola, mas a Mariazinha, que estuda em sua sala, tem um caderno todo enfeitado, lápis bonito, canetinha... A Gracinha se sente triste e com muita raiva da Mariazinha, porque ela acha que a Mariazinha não é estudiosa, e assim, não merecia ter um  material tão bonito. O que vocês acham?
Devemos lutar contra esse sentimento de inveja, porque Deus nos criu para sermos perfeitos. Ele conhece o que está em nosso coração. Não devemos nos preocupar em sermos os primeiros em tudo, em termos tudo do bom e do melhor, mas em sermos bons, sermos caridosos, amorosos e levar aos outros amor, paz e alegria!
4)   Vamos encontrar o caminho no labirinto? 


5) Vamos colorir esse desenho bem bonito!

 6) Artes:
Vamos fazer juntos um painel representando uma videira? 




7) Cantar a música “Os trabalhadores da última hora”:

Grupo Bem

Pra semear nós somos livres
Mas a colheita nunca tarda
O tempo passa e não tem volta
Vamos plantar que a terra é farta.
Fomos chamados ao trabalho
Vamos a ele, vamos agora
Aproveitemos essa chance
Trabalhadores da última hora.
Jesus é luz, irmão amigo
Anunciou pra outros tempos o consolador
Temos agora em nossas mãos
Espiritismo amor.
E em Jesus temos o exemplo
De amor e paz e confiança
Aprenderemos junto a ele
Que o cristão nunca se cansa.
Músicas da CONCAFRAS-PSE Harmônicas Vol.3)

IV.    Prece Final.
     
Subsídios para o Evangelizador:
Parábola dos Trabalhadores da Vinha

 "Porque o Reino dos Céus é semelhante a uma proprietário, que saiu de madrugada a assalariar trabalhadores para a sua vinha. E feito    com os trabalhadores o ajuste de um denário por dia, mandou-os para a sua vinha. Tendo saído cerca da hora terceira, viu estarem outros na praça desocupados,e disse-lhes: Ide também vós, para a minha vinha, e vos darei o que for justo. E eles foram. Saiu outra vez cerca da hora sexta, e da nona, e fez o mesmo. E cerca da undécima, saiu a achou outros que lá estavam e perguntou-lhes: Por que estais aqui todo o dia desocupado? Responderam-lhe: Porque ninguém nos assalariou. Disse -lhes: Ide também para a minha vinha. À tarde, disse o dono da vinha ao seu administrador. Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando pelos últimos e acabando pelos primeiros. Tendo chegado os que tinham sido assalariados cerca da undécima hora, receberam um denário cada um. E vindo os primeiros, pensavam que haviam de receber mais; porém, receberam igualmente um denário cada um. Ao receberem-no, murmuravam contra o proprietário, alegando: Estes últimos trabalharam somente uma hora, e os igualaste a nós, que suportamos o peso do dia e o calor extremo! Mas o proprietário disse a um  dele: Meu amigo, não te faço injustiça; não ajustaste comigo por um denário? Toma o que é teu e vai-te embora, pois quero dar a este último tanto como a ti. Não me é lícito fazer o que me apraz do que é meu? Acaso o teu olho é mau, porque eu sou bom? Assim os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos". (Mt XX, 1-16.)
O sentido da parábola é este:
As condições essenciais para os trabalhadores são: a constância, o desinteresse, a boa vontade e o esforço que fazem no trabalho que assumiram. Os bons trabalhadores se distinguem por estes característicos.
O mercenário trabalha pelo dinheiro; seu único fito, sua única aspiração é receber o salário. O verdadeiro operário, o artista, trabalha por amor à Arte. Assim é em todas as ramificações dos conhecimentos humanos: há os escravos do dinheiro e há o operário do progresso. Na lavoura, na indústria, com nas Artes e Ciências, destacam-se sempre o operário e o mercenário.
O materialista, a materialista, a ganância do ouro arranjaram, na época em que nos achamos, mais escravos do que a vinha arranjou mais obreiros. Por isso, grande é a seara e poucos são os trabalhadores!
Na parábola, pelo que se depreende, não se faz questão da quantidade do trabalho, mas sim da qualidade, e ainda mais, da permanência do obreiro até o fim. Os que trabalharam na vinha, desde a manhã até à noite, não merecem maior salário que os que trabalharam uma única hora, dada a qualidade do trabalho.
Os que chegaram por último, se tivessem sido chamados à hora terceira, teriam feito, sem dúvida, o quádruplo do que fizeram aqueles que a essa hora foram para o serviço. Daí a lembrança do proprietário da vinha de pagar primeiramente os que fizeram aparecer melhor o serviço e mais desinteressadamente se prestaram ao trabalho para o qual foram chamados.
Esta parábola, em parte, dirige-se muito bem aos espíritas. Quando deles por aí andam, sem estudo, sem prática, sem orientação, fazendo obra contraproducente e ao mesmo tempo abandonando seus interesses pessoais, seus deveres de família, seus deveres de sociedade!
Na seara chega-se a encontrar até os vendilhões que apregoam sua mercadoria pelos jornais como o mercado na praça pública, sempre visando bastardos interesses. Ora são médiuns mistificadores que exploram a saúde pública; ora são "gênios"capazes de abalar os céus para satisfazerem a curiosidade dos ignorantes. Enfim, são muitos os que trabalham, mas poucos os que ajuntam, edificam, tratam como devem a vinha que foi confiada à sua ação.
Há uma outra ordem de espíritas que nenhum proveito tem dado ao Espiritismo. Encerram-se entre quatro paredes, não estudam, não lêem, e passam a vida a doutrinar espíritos.
Não há dúvida de que trabalham estes obreiros, mas, pode-se comparar a sua obra com a dos que se expõem ao ridículo, ao ódio, à injúria, à calúnia, no largo campo da propaganda?
Podem-se comparar os enclausurados numa sala, fazendo trabalhos secretos e às mais das vezes improfícuos, com os que sustentam, aqui fora, renhida luta e se batem, a peito descoberto, pelo triunfo da causa que desposaram?
Finalmente, a parábola conclui com a lição sobre os olhos maus; os invejosos que cuidam mais de si próprios que da coletividade; os personalistas, os egoístas que vêem sempre mal as graças de Deus em seus semelhantes, e a querem todas para si.
Na Historia do Cristianismo realça a Parábola da Vinha com os caracteríticos dos seus obreiros. "O que era é o que é", diz o Eclesiastes; e o que se passou é o que se está passando agora com a revelação complementar do Cristo. Há os chamados pela madrugada, há os que chegaram à hora terceira, à hora sexta, à nona e à undécima. Na verdade, estamos na hora undécima e os que ouvirem o apelo e souberem trabalhar como os da hora undécima de outrora, serão os primeiros a receber o salário, porque agora como então, o pagamento começará pelos últimos.
Ai dos que clamarem contra a vontade do Senhor da vinha! Ai dos malandros, dos mercenários, dos inscientes!
Extraído do livro Parábolas e Ensinos de Jesus - Caibar Schutel

Paz e luz!
Laura





Aula: Missão dos Espíritas.

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Aula: Missão dos Espíritas.
Adaptável para várias idades
Bibliografia: Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 20 itens 4 e 5.
I – Acolhida e Harmonização.  Duração – no máximo cinco minutos.
1 – Exercício: Colocar um cd com música bem suave. Quando as crianças entrarem na sala, pedir para se postarem em círculo, fecharem os olhos e prestar atenção na música
2 – Relaxamento e respiração:
Obtido o relaxamento muscular, cada um passa a concentrar sua atenção na respiração, inspirando naturalmente, com a boca cerrada, retendo o ar um pouco e expirando, abrindo suavemente os lábios.
Este método de respiração, utilizado diariamente possibilita uma renovação orgânica e, em conseqüência, maior vitalidade.
  II. Prece.
 III. Atividades
1)  Apresentar o tema da aula
Perguntar aos Evangelizandos:
- Qual a nossa religião?
- Vocês sabem o que é missão? Missão é a razão de ser.
- Hoje nós vamos aprender sobre a missão, ou seja, a razão de ser dos espíritas.
Os Espíritos Superiores nos ensinaram no ESSE que a missão dos espíritas, ou seja, nossa  (englobar todos os Evangelizandos e a si mesmo com um sinal das mãos) missão é Evangelizar e nos melhorarmos, crescermos, progredirmos.
- O que é Evangelizar, alguém sabe? Evangelizar é pregar o Evangelho, é levar o Evangelho ao  conhecimento de todos.
A melhor maneira de pregar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo é vivenciando-o em nossa própria vida.
Evangelho significa Boa Nova. Então, pregar o Evangelho é propagar essa boa notícia: SOMOS FILHOS DE DEUS, portanto somos todos irmãos. Deus é amor, assim, como nos ensina Joana de Ângelis, somos filhos do Amor, portanto, devemos VIVER o Amor, amar a nós mesmos e a nossos irmãos do mundo todo.
Um bom exemplo vale muito mais que mil palavras, diz um ditado popular. Vamos conhecer um pouquinho de como um garotinho viveu o que Jesus nos ensinou:
 Dividir a Turma em 3 Grupos. Imprimir as figuras abaixo em folhas A4. Distribuir as folhas entre os Grupos. Pedir para que cada Grupo conte a estória na sequência. Após contar a estória os Grupos deverão se juntar em um Grupão para montar um mural com a estória em quadrinhos e escreverem juntos uma frase que sintetize o tema da aula em seu dia-a-dia.









Obs.: A Evangelizadora do Maternal pode recortar as figuras abaixo, colá-las em cartolina e transformá-las em fantoches de vara para contar a estória.


4)    O Jardim da Boa Nova:
O Evangelizador deverá providenciar uma bacia previamente preparada (deve ser perfurada em vários pontos, colocar dentro dela uma camada de pedriscos e completar com terra misturada com pedrisco).
Vamos imaginar nosso mundo como se fosse um jardim. Nós somos os jardineiros. Para sermos bons jardineiros temos que ter muito amor pelo que fazemos, cuidado, carinho, conhecimento. Um bom jardineiro espalha beleza, perfume e harmonia para todos, através de sua criação.
Esse projeto de jardim é o nosso mundo. Representa nossa casa, nossa escola, o centro, enfim, o lugar onde vivemos. Como bons jardineiros vamos nos preparar para transformar nosso mundo. Estudar, ter vontade de melhorar nossos pensamentos, cuidado com o que dizemos e fazemos, para espalhar a mensagem de amor e paz que aprendemos com nosso Mestre Jesus.
A cada dia seremos melhores. E vamos embelezar, colorir e perfumar nosso mundo com bons sentimentos, boas palavras e boas ações, assim como faremos dessa bacia de terra um lindo jardim!
Distribuir aventais para as crianças, mudas de suculentas e cactus, colherzinhas de plástico, pedrinhas e pequenos enfeites, para que possam construir um lindo mini-jardim. Quando terminar, colocar uma plaquinha assim:
“Mini-Jardim da Turma ...................
Aqui plantamos amor e paz!”.
Exemplos de mini-jardins:       







6) Artes:
Vamos colorir esse desenho bem bonito, usando pontinhos feitos com palito e tinta guache!

7) Cantar a música “Homenagem a Chico Xavier”, de Nando Cordel:

Tom: C
                 
     C
Se a gente seguisse o seu caminho
   Dm
Seria feliz
       G7
Se a gente ouvisse os seus conselhos
C
Seria feliz
     Am                    Dm
Se fosse manso como ele seria feliz
        G7
Tinha mais corarem determinação
       C     G7
Pra mudar...
      C
Se a gente compreendesse mais
        Dm
O que ele deixou
   G7                    C
Seria caridade e paz a mão do amor
      Am                       Dm
Não ia ficar chorando nem se lamentar
         G7
Quem seguir os seus conselhos vai
          C    C7
Se iluminar...
 
            F          G7
Quando acusado usou amor
        C          Am
Caluniado usou perdão
           Dm          G7         C   C7
Quando traído usou a luz do coração
            F           G7
Quando atacado ele  sorriu
      C           Am
Elogiado ele nem viu
            Dm
Meu irmão Chico
        G7          C
Nossa eterna gratidão...

IV.    Prece Final.
     
Subsídios para o Evangelizador:

II – Missão dos Espíritas

ERASTO
Paris, 1863
            4 – Não percebeis desde já a formação da tempestade que deve assolar o Velho Mundo, e reduzir a nada a soma das iniqüidades terrenas? Ah, bendizei o Senhor, vós que tendes fé na sua soberana justiça, e que, novos apóstolos da crença revelada pelas vozes proféticas superiores, ides pregar o dogma novo da reencarnação e da elevação dos Espíritos, segundo o bom ou mau desempenho de suas missões e a maneira porque suportaram as suas provas terrenas. Deixai de temores! As línguas de fogo estão sobre as vossas cabeças. Oh, verdadeiros adeptos do Espiritismo: vós sois os eleitos de Deus! Ide e pregai a palavra divina. É chegada a hora em que devem sacrificar os vossos hábitos, os vossos trabalhos, as vossas futilidades, à sua propagação. Ide e pregai: os Espíritos elevados estão convosco. Falareis, certamente, a pessoas que não quererão escutar a palavra de Deus, porque essa palavra os convida incessantemente ao sacrifício.
            Pregareis o desinteresse aos avarentos, a abstinência aos dissolutos, a mansidão aos tiranos domésticos e aos déspotas: palavras perdidas, bem sabem, mas que importa! É necessário regar com o vosso suor o terreno em que deveis semear, porque ele não frutificará, não produzirá, senão sob os esforços incessantes da enxada e da charrua evangélicas. Ide e pregai!
            Sim, vós todos, homens de boa-fé, que tendes consciência de vossa inferioridade, ao contemplar no infinito os mundos espaciais, parti em cruzada contra a injustiça e a iniqüidade. Ide e aniquilai o culto do bezerro de ouro, que dia a dia mais se expande. Ide, que Deus vos conduz! Homens simples e ignorantes, vossas línguas se soltarão, e falareis como nenhum orador sabe falar. Ide e pregai, que as populações atentas receberão com alegria as vossas palavras de consolação, de fraternidade, de esperança e de paz.
            Que importam as ciladas que armarem no vosso caminho? Somente os lobos caem nas armadilhas de lobos, pois o pastor saberá defender as suas ovelhas contra os carrascos imoladores.
            Ide, homens que sois grandes perante Deus, e que, mais felizes do que Tomé, credes sem querer ver e aceitais os fatos da mediunidade, mesmo quando nada conseguistes obter por vós mesmos. Ide: o Espírito de Deus vos guia!
            Marcha, pois, para frente, grandiosa falange da fé! E os pesados batalhões dos incrédulos se desvanecerão diante de ti, como as névoas da manhã aos primeiros raios de Sol.
            A fé é a virtude que transporta montanhas, disse Jesus. Mas, ainda mais pesadas que as maiores montanhas, são as jazidas da impureza e de todos os vícios da impureza, no coração humano. Parti, pois, cheios de coragem, para remover essas montanhas de iniqüidades que as gerações futuras não devem conhecer, senão como pertencentes à idade das lendas, da mesma maneira como só imperfeitamente conheceis os períodos anteriores à civilização pagã.
            Sim, as revoluções morais e filosóficas vão eclodir em todos os pontos do globo. Aproxima-se a hora em que a luz divina brilhará sobre os dois mundos.
            Ide, pois, levando a palavra divina aos grandes, que a desdenharão; aos sábios, que desejarão prová-la; e aos simples e pequeninos, que a aceitarão, pois principalmente entre os mártires do trabalho, nesta expiação terrena, encontrareis entusiasmo e fé. Ide, que estes receberão jubilosos, agradecendo e louvando a Deus, a consolação divina que lhes oferecerdes; e, baixando a fronte, renderão graças pelas aflições que a Terra lhes reservou.
            Arme-se de decisão e coragem a vossa falange! Mãos à obra! O arado está pronto, a terra preparada: arai!          
            Ide e agradecei a Deus a gloriosa tarefa que vos concedeu. Mas, cuidado, que entre os chamados para o Espiritismo, muitos se desviaram da senda! Atentai, pois, no vosso caminho, e buscai a verdade.
            Perguntareis, então: Se entre os chamados para o Espiritismo, muitos se transviaram, como reconhecer os que se acham no bom caminho?
            Responderemos: Podeis reconhecê-los pelos ensinos e a prática dos verdadeiros princípios da caridade; pela consolação que distribuírem aos aflitos; pelo amor que dedicarem ao próximo; pela sua abnegação e o seu altruísmo. Podeis reconhecê-los, finalmente, pela vitória dos seus princípios, porque Deus quer que a sua lei triunfe, e os que a seguem são os escolhidos, que vencerão. Os que, porém, falseiam o espírito dessa lei, para satisfazerem sua vaidade e sua ambição, esses serão destruídos.

Paz e luz!
Laura




Aula: A boca fala do que está cheio o coração.

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Aula: A boca fala do que está cheio o coração.
Adaptável para várias idades
Bibliografia: Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 21
I.      Prece.
  II. Acolhida e Harmonização.  Duração – no máximo cinco minutos.
1 – Exercício: Colocar um cd com música bem suave. Quando as crianças entrarem na sala, pedir para se postarem em círculo, fecharem os olhos e prestar atenção na música
2 – Relaxamento e respiração:
Obtido o relaxamento muscular, cada um passa a concentrar sua atenção na respiração, inspirando naturalmente, com a boca cerrada, retendo o ar um pouco e expirando, abrindo suavemente os lábios.
Este método de respiração, utilizado diariamente possibilita uma renovação orgânica e, em conseqüência, maior vitalidade.
 III. Atividades
1)  Apresentar o tema da aula
Hoje nós vamos aprender mais um ensinamento de Jesus: um ida Jesus nos ensinou que nossa boca fala do que está cheio o nosso coração.
2)Contar a seguinte estória, com fantoches:

Você imprime as imagens, adequa o tamanho e faz os fantoches com papel, EVA ou feltro.
Joãozinho gostava muito de ficar sentado em sua varanda observando os belos pássaros que visitavam o jardim e sua casa. D. Maria, mãe de Joãozinho, espalhava frutas e alpiste pelo jardim, para alimentá-los. Assim, vários passarinhos, dos mais variados tamanhos, cores e cantos passeavam o tempo todo por lá.
Um dia o vovô de Joãozinho acercou-se dele e perguntou:
_ Você gosta muito dos pássaros, não é, meu filho?
_ Ah, vovô, eu adoro a companhia deles.
Vovô, que não perdia nenhuma oportunidade para ensinar o bem, falou:
_ Sabe, meu filho, que algumas pessoas ao falar soltam flechas venenosas pela boca?
- Flechas, vovô?
- Sim, meu filho. E flechas que machucam muito. Ainda as molham em veneno.
_ Como assim  vovô?
_ Bem, meu filho, as pessoas quando falam sobre o mal espalham o mal. E se juntam ao que falam sentimentos ruins como a raiva, a mágoa, a vontade de ferir o outro essas flechas ficam ainda mais fortes. A maledicência, a mentira, os palavrões, as palavras ditas para ferir os outros são flechas venenosas, que ferem, maltratam e entristecem.
Joãozinho ficou pensando naquilo. O vovô continuou:
_ Mas, por outro lado, existem pessoas das quais brotam infinitos pássaros da boca.
Joãozinho se espantou.
_ Pássaros, vovô?
_ Sim, meu querido, pássaros de luz! Coloridos, harmoniosos e que cantam e encantam a todos!
_ Como assim, vovô?
_ Essas são as pessoas que cultivam o bem. Fazem de seu coração um jardim de amor, paz e luz. Quando falam, espalham o carinho, o incentivo, a verdade, a paz por todos os lugares. Vivem compartilhando lindos pássaros de luz!  E você, meu filho, quer espalhar flechas venenosas ou pássaros de luz?
Joãozinho não precisou pensar muito:
_ Ah, vovô, eu quero espalhar somente pássaros de luz!
_ Então, meu filho, cuide dos sentimentos que você planta no jardim de seu coração, ilumine-o com o sol que vem das palavras santas do Evangelho de nosso Mestre Jesus, regue-o com as virtudes, e você também espalhará pássaros de luz a todas as pessoas!
Laura Souza Machado.
3)     Indagar e explicar para os Evangelizandos:
a) O que vocês acharam da estória?
b) Vocês conhecem alguém que espalha flechas venenosas?
c) E que espalha pássaros de luz?
d) Você já espalhou flechas venenosas?
f) Quantas vezes você já espalhou pássaros de luz?
g) O que devemos fazer para cultivar um lindo jardim em nossos corações?
4)   Dinâmica:
Material:
- 2 bolas de coração

- balas
- pedaços bem pequenos de carvão
- uma mistura feita com pó de carvão e água
- papel e lápis
Desenvolvimento:
PDistribuir papel e lápis para as crianças.
Obs.: A Evangelizadora do maternal deve chegar perto de cada criança e pedir que ela fale as palavras em seu ouvido, para que a própria Evangelizadora a escreva e dê para  criança os papéis.
 PPedir a elas que escrevam nos papéis palavras que disseram para elas e que as magoaram ou entristeceram.
PEntregar um pedacinho de carvão e um pequeno recipiente contendo a mistura de pó de carvão e água para cada criança, pedir que elas enrolem o carvão no papel, passem na mistura de água e pó de carvão e introduzam na bexiga de coração.
PFazê-las observar toda a sujeira que fizeram.
PLimpar a sujeira junto com as crianças.
PDistribuir outros pedaços de papel.
PAgora as crianças devem escrever palavras ou frases que lhes fizeram bem.
PDistribuir várias balas para as crianças enrolarem os papéis e introduzirem na outra bola de coração.
PEncher as bolas e pendurá-las no alto da sala.
PPedir às crianças que fiquem embaixo das bolas (devem estar identificadas) e perguntar a elas:
_ Qual vocês querem que eu estoure?
_ Por que?
Fazer com que elas vejam que as palavras e sentimentos ruins são nocivos, “sujam” aqueles que falam, enfeiam a vida. Já as palavras boas são doces, alegram, consolam e fazem feliz a todos – quem as fala e quem as ouve, assim, são pássaros de luz. Terminar dizendo:
- Vocês querem cultivar seus corações para espalharem pássaros de luz ou flechas sujas e venenosas?
5) Artes:
Vamos fazer juntos os pássaros de luz que ajudaremos a espalhar pelo mundo? 
Material:
Papéis Diversos, EVA, canetinhas, cola com gliter, miçangas...
Entregar os moldes para as crianças recortarem os pássaros do material que quiserem, e enfeitá-los conforme sua criatividade. Os Evangelizandos do Maternal devem receber o corpo do pássaro e a asa já recortados, para somente montar.
Molde:


7) Cantar a música “Mensagem de Amor” do CD Cancioneiro Espírita:

MENSAGEM DE AMOR
(Wagner Andreo Alledo Filho)
A+ B-7 E+
A brisa que flutua em cada quintal
 A+
Traz consigo a mensagem de que não há fronteiras
 B-7 E+
A luz que brilha no céu azul
 A+
Tem a força que faz essa canção surgir
 B-7 E+
Agradeço ao Criador
 A+
Por poder expressar essa mensagem de amor
 B-7 E+
Será que o mundo um dia vai ser assim
 A+
Um pedaço de amor dentro de cada jardim
 B-7 E+
A vida que transborda em cada ramo de flor
 A+
É a mais pura e sincera mensagem de amor
B-7 E+
Viva a vida a cada dia sem fim
 A+
Um pequeno sorriso já basta pra mim
IV.    Prece Final.
     
Subsídios para o Evangelizador:
 Exteriorização da alma
A boca fala do que está cheio o coração.
Esta afirmativa de Jesus encerra grande sabedoria.
Significa que não somente as palavras, mas tudo o que vem do interior do homem é, de certa forma, a exteriorização de sua alma.
As cidades são a expressão de quem as constrói, de quem as habita, de quem as conserva.
Uma canção é a exteriorização da alma do compositor, assim como a escultura, a arquitetura, as artes plásticas, retratam a intimidade do seu criador.
Uma peça literária é a alma do escritor que se mostra em forma de palavras, frases, ideias...
É assim que, pelo conteúdo das mais variadas formas de expressão, conhecemos a natureza daquele que as produz.
Almas sábias exteriorizam bondade, beleza, sabedoria...
Almas ignóbeis se revelam pelas produções corrompidas na base, ideias desconexas, infelizes, viciosas...
Suas expressões artísticas denotam baixeza e futilidade. São contraditórias e desprovidas de beleza.
Nas canções, a letra é carregada de palavras torpes. As notas, geralmente de melodia pobre, expressam o desarranjo da alma que, através da música, se exterioriza.
Os escultores dessa categoria apresentam sua intimidade nas formas retorcidas, grotescas, sem graciosidade. Comumente não causam bem-estar em quem as contempla.
Todavia, muito diversa é a expressão artística das almas nobres...
As composições musicais expressam sua grandeza d´alma. Produzem, em quem as ouve, profunda harmonia íntima, pois tocam as cordas mais sutis do ser, promovendo estesia e bem-estar.
As notas musicais têm sonoridade agradável e penetrante. A alma do artista se exterioriza e sua sabedoria sensibiliza quem as sente, provocando emoções nobres e salutares.
É assim que a alma se mostra através das palavras, das artes, das ciências e de todas as formas de expressão.
Às vezes, pessoas iletradas se apresentam com extremada beleza, através de palavras que brotam da alma como de uma fonte cristalina, plenas de sabedoria, de afeto, de ternura.
Trabalhadores simples, devotados, que realizam suas tarefas com dedicação e seriedade, demonstram trazer no íntimo uma fonte de riquezas.
Poetas, escritores, compositores, escultores, engenheiros, médicos, jardineiros, pedreiros, arquitetos, donas de casa, paisagistas e outros tantos cidadãos mostram a alma, através de suas realizações.
E a sua alma, como tem se exteriorizado?
Nas tarefas singelas que você realiza...
Nas muitas palavras que você pronuncia...
Nos conselhos que dá ao filho ou a um amigo...
Numa carta comercial que você escreve, ou numa declaração de amor, sua alma se exterioriza e se deixa ver...
Com suas ações, o mundo ao seu redor fica mais belo ou mais feio? Mais alegre ou mais triste, mais nobre ou mais pobre?
Para se conquistar a excelência nas ações cotidianas, é preciso considerar as quatro dimensões da experiência humana:
a dimensão intelectual, que almeja a verdade; a dimensão estética, que almeja a beleza, a dimensão moral, que almeja a bondade, a dimensão espiritual, que almeja a unidade.
E gravitar para a unidade Divina, é o objetivo final da Humanidade.
Busque plantar em sua alma a verdade, a bondade e a beleza.
Mas considere que a verdade é o solo mais propício para que germinem a bondade e a beleza.
Pense nisso! Vale a pena!
Invista na sua alma!
Redação do Momento Espírita.
Em 07.06.2010.

Paz e luz!
Laura





Aula: A Coragem da Fé

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Aula: A coragem da fé.
Adaptável para várias idades
Bibliografia: Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 24, itens 11 a 16.
I.      Prece.
  II. Acolhida e Harmonização.  Duração – no máximo cinco minutos.
1 – Exercício: Colocar um cd com música bem suave. Quando as crianças entrarem na sala, pedir para se postarem em círculo, fecharem os olhos e prestar atenção na música
2 – Relaxamento e respiração:
Obtido o relaxamento muscular, cada um passa a concentrar sua atenção na respiração, inspirando naturalmente, com a boca cerrada, retendo o ar um pouco e expirando, abrindo suavemente os lábios.
Este método de respiração, utilizado diariamente possibilita uma renovação orgânica e, em conseqüência, maior vitalidade.
 III. Atividades
1)  Apresentar o tema da aula
Nessa aula vamos aprender que devemos ter coragem para defender nossa fé, não ter vergonha de falar sobre azs coisas de Deus. Vamos começar conhecendo a história de dois irmãozinhos, Joãozinho e Clarinha:
2) Preparar o cenário: montar em um isopor um gramado. Acrescentar uma árvore, um banquinho embaixo da árvore, alguns brinquedos de parquinho e fantoches de varetas de quatro crianças: dois meninos e duas meninas.
Sugestões para montar o parquinho:



Contar a seguinte estória:
A coragem da fé
Joãozinho gostava muito de ficar sentado em sua varanda observando os belos pássaros que visitavam o jardim e sua casa. D. Maria, mãe de Joãozinho, espalhava frutas e alpiste pelo jardim, para alimentá-los. Assim, vários passarinhos, dos mais variados tamanhos, cores e cantos passeavam o tempo todo por lá.
Um dia o vovô de Joãozinho acercou-se dele e perguntou:
_ Você gosta muito dos pássaros, não é, meu filho?
_ Ah, vovô, eu adoro a companhia deles.
Vovô, que não perdia nenhuma oportunidade para ensinar o bem, falou:
_ Sabe, meu filho, que algumas pessoas ao falar soltam flechas venenosas pela boca?
- Flechas, vovô?
- Sim, meu filho. E flechas que machucam muito. Ainda as molham em veneno.
_ Como assim  vovô?
_ Bem, meu filho, as pessoas quando falam sobre o mal espalham o mal. E se juntam ao que falam sentimentos ruins como a raiva, a mágoa, a vontade de ferir o outro essas flechas ficam ainda mais fortes. A maledicência, a mentira, os palavrões, as palavras ditas para ferir os outros são flechas venenosas, que ferem, maltratam e entristecem.
Joãozinho ficou pensando naquilo. O vovô continuou:
_ Mas, por outro lado, existem pessoas das quais brotam infinitos pássaros da boca.
Joãozinho se espantou.
_ Pássaros, vovô?
_ Sim, meu querido, pássaros de luz! Coloridos, harmoniosos e que cantam e encantam a todos!
_ Como assim, vovô?
_ Essas são as pessoas que cultivam o bem. Fazem de seu coração um jardim de amor, paz e luz. Quando falam, espalham o carinho, o incentivo, a verdade, a paz por todos os lugares. Vivem compartilhando lindos pássaros de luz!  E você, meu filho, quer espalhar flechas venenosas ou pássaros de luz?
Joãozinho não precisou pensar muito:
_ Ah, vovô, eu quero espalhar somente pássaros de luz!
_ Então, meu filho, cuide dos sentimentos que você planta no jardim de seu coração, ilumine-o com o sol que vem das palavras santas do Evangelho de nosso Mestre Jesus, regue-o com as virtudes, e você também espalhará pássaros de luz a todas as pessoas!
Laura Souza Machado.
3)     Indagar e explicar para os Evangelizandos:
a) O que vocês acharam da estória?
b) Vocês teriam feito o que, se estivessem no parquinho?
c) Vocês já viram pessoas e sentiram nojo, vontade de debochar delas, alguma coisa assim?
d) Vocês já sentiram vergonha de falar em Jesus?
e) Quando algum amiguinho te chama para fazer alguma coisa que você sabe que está errado, você fica com medo de dizer não e ele te chamar de medroso, bobo, chato? Explicar que todos nós, mas cedo ou mais tarde, passaremos por momentos assim, e o maior remédio para nos fortalecermos  e fazermos a coisa certa é a prece e a firme vontade de fazer o certo, o bem.
4)   Painel
Leve um papel manilha grande, com a figura de uma candeia no centro superior, onde vc escreverá: Não esconda a candeia debaixo do algueire!  Vá mostrando as figuras abaixo, colando no painel, questionando as crianças e anotando suas respostas para cada figura. Ao final dessa tarefa, sintetizar as respostas dadas e anotar abaixo de cada figura. Deixar o painel exposto.
     1. O que você faria se seu colega te oferecesse um cigarro?
2. Esse menino não quer emprestar seus brinquedos para seu irmãozinho. Como auxiliá-los?
3. O que vc faria se todo o mundo risse de seu colega na hora da merenda quando ele faz uma prece?
4. Seu colega desobedeceu a seus pais e fugiu para a rua para brincar. O que vc fala para ele?
5. Você acha certo alguém acusar o amiguinho por algo de errado que aconteceu sem saber ao  certo se foi ele? E se souber?
6. Mariazinha mentiu para a mamãe. O que vc faz?

7. O que fazer se seu amiguinhos começarem a brigar?

8. Todo o mundo está debochando do colega no recreio. O que devemos fazer?
9.  Seu irmãozinho quebra seu brinquedo. Como vc age?
10. É certo fazer bagunça na hora da aula?

5) Artes:
Vamos colorir a imagem do vovô Pedro e da vovó Cleonice e depois enfeitá-la com miçangas, papéis recortado, tecido e algodão?

6) Cantar a música “Tum Tum Tum” de Elizabete Lacerda:

Você sabe com bate o coração de Jesus?
Eu sei!
Tum Tum Tum, lá lá lá lá ia.
Tum Tum Tum, lá lá lá lá ia.
É preciso conhecer o amor.
É preciso compreender meu irmão.
Só assim eu vou saber, como bate o coração de Jesus, de Jesus.
Toda vez que a tristeza chegar.
Se acaso eu não puder caminhar.
A canção que vou ouvir, é o som do coração de Jesus, de Jesus.
Tum Tum Tum, lá lá lá ia lá ia.
Tum Tum Tum, lá lá lá ia lá ia.
Tum Tum Tum, bate o coração de Jesus.
Tum Tum Tum, bate o coração de Jesus. BIS......
Não há dor, que Ele não possa curar.
Não há mau, que vai pra sempre existir.
Eu só sei que posso ouvir a canção do coração de Jesus, de Jesus.
Vamos juntos essa prece cantar.
Nossas mãos a de Jesus encontrar.
Já podemos escutar, como bate o coração de Jesus, de Jesus.
Tum Tum Tum, lá lá lá ia lá ia.
Tum Tum Tum, lá lá lá ia lá ia.
Tum Tum Tum, bate o coração de Jesus.
Tum Tum Tum, bate o coração de Jesus. BIS......

Subsídios para o Evangelizador:
            13 – Todo aquele, pois, que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos Céus; e o que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos Céus. (Mateus, X: 32-33).
            14 – Porque se alguém se envergonhar de mim, e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na sua majestade, e na de seu Pai e dos santos anjos. (Lucas, IX: 26)
            15 – A coragem das opiniões sempre mereceu a consideração dos homens, porque é prova de dignidade enfrentar os perigos, as perseguições, as discussões, e até mesmo os simples sarcasmos, aos quais sempre se expõe aquele que não teme confessar abertamente idéias que não são admitidas por todos. Nisto, como em tudo, o mérito está na razão das circunstâncias, e dos resultados que podem advir. Há sempre fraqueza em recuar diante das conseqüências da sustentação das opiniões, mas há casos em que isso equivale a uma covardia tão grande como a de fugir no momento do combate.
            Jesus estigmatiza essa covardia, no tocante ao problema especial da sua doutrina, ao dizer que, se alguém se envergonhar das suas palavras, ele também se envergonhará daquele; que renegará o que o houver renegado; que reconhecerá, perante o Pai que está nos Céus, o que o confessar diante dos homens. Em outros termos: Aqueles que temeram confessar-se discípulos da verdade, não são dignos de ser admitidos no Reino da Verdade. Perderão, assim, as vantagens da fé, porque se trata de uma fé egoísta, que eles guardam para si mesmos, ocultando-a, com medo dos prejuízos que lhes possa acarretar no mundo. Enquanto isso, os que colocam a verdade acima dos seus interesses materiais, proclamando-a abertamente, trabalham ao mesmo tempo pelo futuro próprio e dos outros.
            16 – O mesmo acontece com os adeptos do Espiritismo, pois sendo a sua doutrina o desenvolvimento e a aplicação da doutrina do Evangelho, a eles também se dirigem essas palavras do Cristo. Eles semeiam na Terra o que colherão na vida espiritual: os frutos da sua coragem ou da sua fraqueza.

Paz e luz!
Laura



Aula: Cuidar do corpo e do espírito

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Aula: Cuidardo corpo e do espírito
Adaptável para várias idades
I.      Prece.
 II. Acolhida e Harmonização.  Duração – no máximo cinco minutos.
A – Exercício: Colocar um cd com música bem suave. Quando as crianças entrarem na sala, pedir para se postarem em círculo, fecharem os olhos e prestar atenção na música
B – Relaxamento e respiração:
Obtido o relaxamento muscular, cada um passa a concentrar sua atenção na respiração, inspirando naturalmente, com a boca cerrada, retendo o ar um pouco e expirando, abrindo suavemente os lábios.
Este método de respiração, utilizado diariamente possibilita uma renovação orgânica e, em conseqüência, maior vitalidade.
 III. Atividades
1)  Apresentar o tema da aula:
Hoje nós vamos iniciar a aula com uma grande surpresa: a tia preparou um piquenique!      
*Estender uma toalha em uma área bonita, no pátio do Centro. Colocar em cima da toalha cestas bem bonitas, caprichar na decoração. Dentro das cestas, porém, colocar alimentos impróprios para o consumo, como pão mofado, frutas estragadas, doces velhos envoltos em lama, misturar lixo (papéis com barro, pedras sujas...) e insetos de plástico ou bisquit.
Esperar a reação das crianças. Elas certamente irão reclamar.
A Evangelizadora deverá então frisar cada tópico seguinte, dando tempo das crianças responderem e explicando exaustivamente o mesmo, antes de passar ao próximo:
- Ué, vocês estão com nojo de comer o lanche? Por que? Porque está estragado?
.  Se comermos alimentos estragados e sujos o que irá acontecer com nosso corpo?
.  Ah, vamos ficar doentes, não é?
.  Mas vocês se lembram que já aprendemos que somos um espírito eterno habitando temporariamente esse corpo?
.  Para ter saúde devemos cuidar de nosso corpo, não é? Como? Nos alimentando bem, cuidando de nossa higiene, fazendo exercícios...
.  Mas vocês sabiam que para termos saúde precisamos também cuidar de nosso espírito?
.  Da mesma forma que esses alimentos estragados vão fazer mal para vocês, se comerem,  vamos procurar aqui no pátio alguns exemplos de como andamos “alimentando” nosso espírito.
2) Caçada: Dizer aos Evangelizandos que deverão se dividir em duplas, entregar para cada dupla um apito. Explica que eles deverão procurar pelo pátio por  7 objetos escondidos. Quando acharem um objeto, deverão fazer soar o apito, e todos imediatamente pararão a busca., dirigindo-se para perto da Evangelizadora, que explicará o quanto aquilo causa de mal para o espírito, fazendo as crianças participarem com  exemplos, relato de situações, fatos veiculados pela mídia, etc., trabalhando muito bem cada um, quando esgotar totalmente todas as dúvidas, reiniciar a caçada, procedendo da mesma forma até todos os objetos serem encontrados. 

Previamente a Evangelizadora deverá esconder bem  pelo pátio os seguintes objetos:
a) Figura impressa com a legenda “brincar de lutinha”; 
      b)    Televisão de papelão com o logo da novela das 9;


      c)    DVD de vídeo-game de luta; 

     d)    Desenho de um menino ou uma menina com falando palavrões (em símbolos); 
 


      e)   Livrinho de cartolina escrito “revista pornográfica”;
f     f )     Computador de papel  com site de violência desenhado. 


3) Ainda no pátio, apresentar à classe um boneco de mais ou menos 30 cm feito de papel com seu duplo feito de chapa de raio-x (você deve lavar a chapa para retirar a imagem, e desenhar o duplo do bonequinho com canetinha). Amarrar um ao outro com um cordãozinho prateado.

Explicar para as crianças que cada vez que praticamos um ato de raiva, violência, cupidez, ou seja, cada vez que cultivamos um vício deixamos uma marca em nosso perispírito, que espelhará o quanto moralmente enfermos somos. Assim, mostrar novamente cada objeto encontrado e ir marcando, com uma canetinha preta, manchas escuros nos “perispírito”, a fim de que os Evangelizandos percebam que estão lesionando seu corpo espiritual. Ensinar para eles que, com o tempo, essas lesões perispirituais se transformarão em doenças no corpo físico. Por exemplo, a ciência já demonstrou que a raiva causa doenças cardíacas, a mágoa o câncer, etc. Estimular os Evangelizandos a perguntarem, questionarem e  citarem exemplos de pessoas amargas, tristes, mal humoradas. Dependendo da idade apresentar fatos de adolescentes eu  ometem crimes incitados pela violência dos filmes e jogos, como os massacres nas escolas nos Estados Unidos e o massacre no cinema no Brasil.
Ao fim, o bonequinho que representa o perispírito deverá estar coberto de manchas pretas, e as crianças deverão estar bem conscientes do mal causado pelos vícios trabalhados na aula.
4) Preparar a sala de aula. Deixá-la bem agradável. Colocar em exposição, num local central, uma linda pintura em tela. Preparar uma exposição de livros que trabalhem os valores, as virtudes. Escolher livros com lindas gravuras. Imprimir uma linda gravura de criança em prece.

Espalhar flores em arranjos bem feitos e belos vasos. Colocar também vasos com folhagens perfumadas plantadas.  Colocar um aromatizador de ar com uma essência perfumada e suave, uma música ambiental suave e bela.
Espalhar pela mesa capas de DVD’s de filmes bons, jogos educativos e divertidos.
Preparar pequenos cartazes com as “palavras boas” e espalhar na mesa:





5) Convidar as crianças para irem para a sala de aula, mas vendadas. Ao entrar, em fila e ordenadamente, com sua ajuda (pois estarão vendadas), perguntar a elas o que estão sentindo. Pedir para que tirem as vendas, deixar que elas entrem e se emocionem com o que encontrarem. Explicar com muito carinho que, em oposição às coisas que fazem mal para o espírito, existem outras que nos “alimentam” espiritualmente, e que você preparou a sala com muito carinho para que eles conhecessem algumas delas. Levá-los a observar a pintura, cheirar e tocar suavemente as flores, ouvir a música com atenção, manusear os livros, filmes e jogos. Explicar o quanto cada um faz bem, estimule-os a dizerem o que estão sentindo.
Chamar a atenção delas sobre a importância de cuidarmos do espírito, de como isso nos faz bem e felizes. Eles devem ver que o carinho e a gentileza, o cultivo das boas amizades também são fatores importantes no alimento da alma. Estimulá-los a falar sobre acada objeto, sobre cada atitude repesentada, até que o Evangelizador obsrve que eles apreenderam muito bem a lição.
6) Preparar a figura de um menino e uma menina, pregá-la no mural. Pedir para cada Evangelizando selecionar a figura de um objeto que encontrou no  pátio e pregá-lo em um lado do mural. Depois, pregar do lado outro a figura dos objetos da sala de aula que mais os tocaram (preparar figuras da música e do perfume também). Mandar que eles coloquem um “X” grande e vermelho sobre o que querem abolir de suas vidas.
7) Para pintar: 
Distribuir a seguinte gravura para os Evangelizandos pintarem:

8) Cantar a música “Mundo lindo”

Quero pedir nesta canção
Pra que você não faça guerra
E não viva como fera,
Indiferente.
Eu vou pedir seu coração
Para plantar no meu jardim.
Vai florescer, enfim,
O Amor na gente.
Quero ver você, um dia,
Também, sorrindo, Refrão
Dizendo: que alegria!
Que mundo lindo!

Você pode ouvi-la  aqui


Subsídios para o Evangelizador:

A reflexão da noite de hoje é sobre uma mensagem do Espírito Georges, ditada em Paris em 1863 em que se revela a perfeição da Doutrina dos Espíritos quanto às necessidades do homem moderno de todos os tempo, contemplando as questões tanto da vida na dimensão material quanto a vida espiritual.
Argumenta o lúcido mensageiro que o espírito do homem encarnado é como um PRISIONEIRO DA CARNE porque está nesta vida enclausurado em um corpo biológico com especiais necessidades de cuidado a fim de que funcione satisfatoriamente para que possamos cuidar também de nossos interesses de crescimento espiritual.
Nem mortificar o corpo em sacrifícios que nada tem a ver com perfeição, negligenciando suas necessidades e nem viver totalmente devotado a ele, alienando-se do impositivo de nossa educação moral para a vida imortal.

George em sua mensagem assevera que a necessidade de EQUILIBRIO entre essas duas esferas de interesse embora seja evidente e fácil de perceber, nem por isso é fácil.
Nossa natureza ainda primitiva e apaixonada pelos prazeres e gozos que a vida pode oferecer nas esferas da sensorialidade (sexo, paladar, olfato, ext.) muitas vezes nos conduz a imaginar que essas satisfações são as únicas e excelentes na vida humana. Mas isso é um equívoco.
Todos nós já experimentamos prazeres e satisfações que são realizações puras do espírito: a alegria de uma criança, a satisfação de sentir amor legítimo por alguém, o apreço de um amigo, a chegada de um filho, a vitória sobre um vício ou uma imperfeição moral... SÃO PRAZERES DA ALMA que sobrepujam muitas vezes a satisfação corporal de um orgasmo, por exemplo, muitas vezes alcançado em ligações fortuitas que semeiam o desrespeito por onde passamos.
O sexo em si mesmo nada tem de imundo e os sistemas religiosos que apregoam a mortificação do corpo pela abstinência sexual negam a força biológica do corpo e a importância do prazer sexual como fonte de reabastecimento de forças necessárias à vida.
O prazer do paladar e a escolha do alimento pelo gosto de cada um nada tem de condenável, erram também ai os sistemas religiosos que apregoam o jejum e condenam esta ou aquela dieta sem avaliar a alimentação como fonte de manutenção da vida.
O mesmo se dá com o prazer no uso de bebida... O lúcido espírito ANDRÉ LUIZ nos ensina que não há nada de errado com UM BRINDE, mas é claro que um brinde não é uma carraspana! Nesse ponto convergem as religiões que condenam o uso do álcool, não por ser pecaminoso, mas por ser o responsável na Terra por muita infelicidade, morte, mutilações, desagregação de famílias e toda sorte de desgraças.
O que nos prejudica então, e é fácil de perceber, é exatamente o EXAGERO e ABUSO em todas as áreas da satisfação à naturais necessidades do corpo.
A dedicação exagerada do homem moderno ao sexo tem raiz em nosso primarismo e reclama disciplina, austeridade e auto-educação. A necessidade desesperada de sexo foi chamada por Joanna de Angelis (espírito) de “a sede da água do mar” pois quanto mais se tenta saciar essa necessidade mais a sede se multiplica, obrigando o sedento a beber novamente a água que jamais sacia...
Muitos de nós aqui nesta sala já achamos que nossa carência real é SEXUAL e buscamos satisfazê-la em ligações fortuitas ou não, negligenciando a verdadeira carência em nós: A FALTA DE AFETO.
Outros tantos buscamos compensar na mesa (ou em pé no fast food) as nossas frustrações e recalques, sem perceber que também comparece ai a FALTA DE AFETO como desencadeador do vício mórbido da gula, causador de muitas doenças e sofrimento.
AFETO é uma força que não atinge o corpo, por isso não o alcançamos com o sexo, o alimento. AFETO é comida e gozo para a alma. Sim, o ato sexual quando há afeto sacia realmente a necessidade da alma porque atende nosso anseio por alegrias legítimas e duradouras. Sim, comer um delicioso sanduíche em que o afeto é o recheio principal, pode ser a nutrição perfeita para o corpo e para o espírito.
Percebamos que é muito interessante, nunca estamos SÓ COM O CORPO, nem SÓ COM A ALMA. Vivemos num sistema provisório de interdependência em que um e outro se envolvem;
Nunca você conseguirá a plena satisfação de seus sentidos físicos se a ALMA não for contemplada com sua parcela de AFETO. Nunca sua alma estará plena se não for respeitada suas necessidades afins com o corpo biológico.
CORPO e ALMA não estão separados, por isso GEORGES o Espírito autor da página em estudo afirmar que as relações entre o corpo e a alma existem e “reciprocamente necessário, é indispensável cuidar de ambos”.
O Espiritismo como uma proposta de construção intima do HOMEM NOVO, consciente e integrado com as Leis Divinas, oferece diretrizes seguras para nosso equilíbrio: “Amai, pois, a vossa alma, mas cuidai também do corpo, instrumento da alma; desconhecer as necessidades que lhe são peculiares por força da própria natureza, é desconhecer as leis de Deus”. Lembra Georges;
Todo ABUSO pois das forças de satisfação são funestas. O abuso do sexo é responsável por muito abandono e feridas emocionais que vitimam milahres de almas equivocadas com o prazer divorciado do respeito. O exagero que conduz ao vício alimentar e às conseqüências orgânicas patológicas na maquina física tanto na compensação da gula da obesidade quanto na perversão da esbelteza nos desatinos da pré-anorexia.
Diz o adágio popular que “A carne é fraca e por isso a ela sucumbimos”. Na verdade o corpo é o ESPELHO DO ESPÍRITO e cada célula de nossa máquina física obedece docilmente ao impositivo DA MENTE que em síntese, é o NOSSO EU REAL. Então não é a carne que é fraca, mas eu e você que somos SEM-VERGONHAS quando não a administramos com amor e respeito ao sagrado destino para qual o CORPO foi projetado.
Não existe este ou aquele CORPO compulsivo sexual, mas um espírito que submete seus equipamentos genitais à tirania do desrespeito e ao egoísmo exclusivista na ânsia se gozar e gozar sem perceber que carece de educação interior.
Você não é seu corpo nem seu corpo é você. Ele é divina concessão da SABEDORIA DE DEUS que lhe empresta como abençoada oficina-escola para a educação de seu Espírito.
Estamos falando isso no campo do sexo e da nutrição, e nem tocamos ainda no assunto dos que submetem seu corpo à tempestades da ira, da mágoa, do ressentimento, do excesso de trabalho.
O dócil e obediente corpo que provoca uma DOR DE CABEÇA como sinal de alerta de nossas emoções descontroladas recebe um CALA BOCA na forma de uma aspirina, por ele não deve nos toldar o tempo com seus caprichos...
O fígado ganha um regulador hepático quando tenta mostrar a você que o ÓDIO e a FALTA DE PERDÃO então destrambelhando seu equilíbrio em ondas de energias a lhe corromper as funções nobres. Ele deve obedecer e aceitar o que você escolher comer e pensar sem reclamar.
Aquela azia e desconforto gástrico são silenciados a custa de anti-ácidos toda vez que seu estômago tenta alertar-lhe de que A VIDA é assunto que você não está digerindo bem. Mas ele também deve calar-se e digerir á força o que você quiser, naturalmente prosseguindo os alertas até a úlcera exigente.
SEU CORPO SÓ TEM UM INIMÍGO, e ele não é um vírus, nem um agrotóxico, nem uma bactérias nem um aditivo químico alimentar... O INIMIGO DE SEU CORPO É SEU ESPÍRITO INDISCIPLINADO!!!
Promover as pazes entre o CORPO e a ALMA é o desafio de todos os tempos, e plenamente e mais do que nunca, ao nosso alcance hoje.
O Espiritismo ensina que a REFORMA ÍNTIMA através do autoconhecimento e da adesão a diretrizes de auto-educação são ferramentas fantásticas de equilíbrio.
No hábito da oração – tão útil para a alma quando a escovação dos dentes é para a saúde bucal – traz para cada um de nós a companhia preciosa dos instrutores espirituais sempre interessados e comprometidos com o nosso crescimento perante a VIDA seja em sua expressão material ou espiritual.
Prossigamos vivendo e usufruindo no corpo os prazeres que a vida material nos prodigaliza e que são nosso direito. Mas que tal acrescentar AMOR na forma de AFETO e EDUCAÇÃO na forma de RESPEITO.
Acrescentemos AFETO POR NÓS MESMOS juntamente com o RESPEITO AOS OUTROS na satisfação de nossas necessidades, cientes de que perante a LEI IMORTAL ninguém lesa o outro sem comprometer-se perante a vida a resgatar a dor e sofrimento provocados.
JESUS nosso Mestre incomparável é para nós modelo incomparável de sobriedade e equilíbrio. Comia quando o corpo tinha sede, bebia quando o corpo tinha fome. Fez de suas forças sexuais um instrumento de trabalho para a redenção da humanidade, conduzindo todo seu erotismo para a Missão de nos deixar a sua mensagem imortal: AMA, disse ele a todos nós! É o amor a sua herança, seu legado e é o AMOR que nos há de levar à felicidade que tanto desejamos.(http://espiritoandre.blogspot.com.br/2012/03/reflexoes-espiritas-cuidar-do-corpo-e.html)

Paz e luz!
Laura


Aula: Buscai e Achareis

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Aula: Buscai e Achareis
Adaptável para várias idades
Bibliografia: Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 5, itens 1 a 8.
I.      Prece.
  II. Acolhida e Harmonização.  Duração – no máximo cinco minutos.
1 – Exercício: Colocar um cd com música bem suave. Quando as crianças entrarem na sala, pedir para se postarem em círculo, fecharem os olhos e prestar atenção na música
2 – Relaxamento e respiração:
Obtido o relaxamento muscular, cada um passa a concentrar sua atenção na respiração, inspirando naturalmente, com a boca cerrada, retendo o ar um pouco e expirando, abrindo suavemente os lábios.
Este método de respiração, utilizado diariamente possibilita uma renovação orgânica e, em conseqüência, maior vitalidade.
 III. Atividades
1)  Apresentar o tema da aula
Hoje nós vamos fazer uma viagem através dos tempos: vamos descobrir como foi nossa caminhada no Planeta do início da humanidade até agora.
2) Os primeiros seres humanos:
Quando os primeiros seres humanos viveram no planeta as coisas eram muito diferentes. O corpo físico do homem era muito primitivo. Os homens e mulheres das cavernas não sabiam falar, não tinham sentimentos como nós, não possuíam nenhuma tecnologia para ajudá-los a viver. Aos poucos foram aprendendo a usar o fogo e desenvolvendo uma linguagem de grunhidos e sinais para se comunicarem. Assim era a vida no início da civilização da Terra:
 (Mostrar cada imagem vem vagarosamente, incentivando os Evangelizandos a observar cada detalhe. Frisar as dificuldades de se viver daquela forma, levá-los a descobrir essas dificuldades. Comparar com a vida que levamos hoje.)





 3) A antiguidade –
Aos poucos, os homens foram evoluindo. Deus nos deu a inteligência e o impulso à evolução, através de duas leis: lei do progresso e lei do trabalho.
Na antiguidade, os homens já tinham aprendido a viver em sociedade, construir casas e cidades, e passaram a desenvolver o trabalho – quase sempre usando os próprios braços ou com o auxílio de animais. Nessa época, ainda não conhecíamos a eletricidade, os motores, as máquinas nem os carros. A medicina estava começando.
A Evangelizadora deverá, nesse momento, distribuir as imagens abaixo e os Evangelizandos deverão construir, em conjunto, com a coordenação da Evangelizadora, uma história com o tema: “Um dia na idade média”.
 casa de camponês
 profissões
 casa de camponês - como era internamente
tintureiros
profissões diversas
trabalho braçal
curandeira e sanguessugas 
4) Aos poucos a humanidade, mediante muita dedicação, trabalho e auxílio da espiritualidade, passou a desenvolver os rudimentos da tecnologia. Jesus nos ensinou: “Ajuda-te e o Céu te ajudará”.
Ao sentir o impulso de descobrir novas tecnologias para melhorar a qualidade de vida, o ser humano passou a se esforçar, e, om muito trabalho, dedicação, pesquisa e auxílio do plano espiritual através de intuições e sonhos, surgiram as primeiras grandes invenções: a eletricidade, os motores, os trens, carros, máquinas, telecomunicações. Assim era a vida entre 1800 e meados de 1900 no Brasil:
(distribuir as figuras e incentivar os Evangelizandos a comentarem cada uma delas, pedir a cada um que apresente sua figura para a turma, explican do-a. Enfatizar, após, as dificuldades, diferenças sociais e trabalho infantil).
 Imagem de uma rua
 meio de transporte usual no interior
  casa de pau-a-pique
 pequeno limpador de chaminé
 desfile de carnaval
 como era feito o transporte de água
ama de leite
extração de mionérios 
jantar 
 fábrica
 detalhe de produção têxtil

 trilhos de bonde

5) Agora vocês vão conhecer nossa cidade no século passado, há bem pouco tempo:
(Dividir a turma em duas equipes, ir apresentando uma figura para cada equipe, que tentará descobrir qual é o lugar mostrado. Se aquela equipe não conseguir, passar a vez para a outra.  Se ninguém adivinhar, dizer o lugar e dar um tempo para eles identificarem-no.

 Aterrado em 1950
 Avenida do Retiro em 1950
 Construção do Cine 9 de Abril
 Construção do Hotel Bela Vista
 Colégio Manuel Marinho
 Hotel Bela Vista - ônibus
 Av. Paulo de Frontim
 Ambulâncias
 Construção do Viaduto N. Sra. das Graças
 Ponte Aterrado - Niterói (era de madeira!)
Construção da Praça Brasil
Rua 33

6) Mesmo as grandes descobertas tecnológicas vêm se aprimorando dia-a-dia. Querem ver?
(sugiro que levem revistas antigas e modernas, para que os Evangelizandos possam pesquisar os itens sugeridos e compará-los. Se não conseguir, você pode imprimir as imagens abaixo. Pedir que eles montem um quadro Antes e Depois.

 
Televisão

Computador




Telefone
geladeira
carros


7) Mas Jesus nos ensinou também que não devemos nos preocupar muito com amealhar bens materiais, devemos nos ocupar em juntar bens que nos aprimorem espiritualmente. Afinal, são esses que nos fazem verdadeiramente felizes. Vocês podem e devem lutar por uma vida melhor, estudando muito, e, quando forem adulto, trabalhando com amor e afinco. Mas devem se preocupara prioritariamente com as riquezas espirituais. 
Distribuir para cada Evangelizando um baú do tesouro. Espalhar pela mesa moedas de chocolate com o nome das virtudes colado, e outrascom nomes de bens materiais. Pedir aos Evangelizandos que juntem seu tesouro. No final, discutir sobre a quantidade de moedas amealhadas e seu significado.
Tesouros do espírito: bondade, sinceridade, simplicidade, humildade, compreensão, respeito, tolerância, paciência, perdão, compaixão, misericórdia, mansuetude, calma, gratidão, fortaleza, delicadeza, carinho, gentileza, ternura, simpatia, alegria.

8) Cantar a música “O Menestrel” de Moacyr Camargo:

Na era das pedras não havia flores
Musgos e samambaias poucas espécies
E a nossa casa eram as cavernas
Milênios foram passando, os povos aumentando,
A terra florindo em toda planície
Tempo dos faraós choupanas e pirâmides
Nos jardins da Grécia as artes floriam
Filosofia chega aos palácios

Cada era, era o memento
De avançar no crescimento
Noite ou dia flores surgiam
Espécies em evolução

Tudo a florir
Homem e terra tudo a florir
Tudo a florir, tudo a florir,
Cada dia novo na terra é pra florir

Nasce Jesus que lindo momento
Para que o homem plantasse em seu jardim
Flores do amor, o maior bem do mundo,
Canta o menestrel a vontade do rei
No renascimento as artes reflorescem
Um viva ao progresso do renascimento
O Brasil surgia nesse momento

Mimosa, acácia são flores do Brasil,
Angelim, tauari, são flores do Brasil,
Os biomas são seis, são seis,
A mimosa tá no cerrado, acácia na mata atlântica
A cortadeira ta nos Pampas e o ingá no pantanal
Tudo a florir...

Que esse milênio seja mais florido
Que a inteligência voe com sentimento
Uma era nova muda o pensamento
Um viva ao menestrel que canta sentimentos
O amor e a paz nossa maior conquista
Que as flores da terra sejam a inspiração
Que a beleza seja a nossa meta


Subsídios para o Evangelizador
 Ajudar-e – Richard Simonetti
É atribuída a Esopo história de um carroceiro que conduzia pesada carga.
Em dado momento, a carroça atolou em solo instável.
Os cavalos não conseguiam movê-la.
Olhando ao redor, notou a presença de Hércules, o herói grego.
Confiante, pediu-lhe auxílio. Estava diante de um filho dos deuses, o homem mais forte do Mundo!
Para sua surpresa, ouviu uma reprimenda:
– Faça força! Empurre! Estimule os cavalos! Se você não se dispuser a ajudar-se, não espere que eu o faça!
Certamente o prezado leitor conhece outras versões desta história, sempre enfatizando o óbvio:
Diante das dificuldades e problemas, é preciso fazer a nossa parte, se esperamos pela ajuda do Céu.
***
Benjamin Franklin, (1706-1790), um dos homens mais lúcidos e empreendedores do século XVIII, deu forma definitiva a essa idéia, no seu Almanaque, em 1736:
Deus ajuda quem se ajuda.
No século seguinte, Allan Kardec (1804-1869), consagraria o mesmo princípio, no capítulo XXV, de O Evangelho Segundo o Espiritismo, com a máxima sempre lembrada quando somos chamados a enfrentar os desafios humanos:
Ajuda-te que o Céu te ajudará.
***
Uma das características lamentáveis do ser humano, fruto de sua imaturidade, é a tendência ao acomodamento.
Inspira uma interpretação equivocada da Lei de Causa e Efeito, que induz à inércia em situações difíceis.
São encaradas como inexorável carma.
Puro engano!
Carma, amigo leitor, é o que não pode ser mudado.
Carma é a deficiência congênita, a esterilidade definitiva, a doença grave, a morte prematura…
Carma é o problema insolúvel, o prejuízo irreparável…
Nessas situações, compete-nos cultivar a resignação e a submissão aos desígnios divinos para que nos conservemos em paz.
É como ter um espinho no pé. Se não pode ser retirado, melhor andar com prudência, evitando agravar o ferimento e exacerbar as dores.
Quanto ao mais, são contingências da jornada terrestre, que haveremos de superar com a ajuda de Deus, se estivermos dispostos a nos ajudar, movimentando-nos para tirar o carro existencial desses “atoleiros”.
***
Vivemos hoje o terrível drama do desemprego que aflige multidões.
Carma coletivo?
Obviamente, não!
Trata-se de uma contingência gerada por inúmeros fatores:
Os desacertos dos governos, a recessão econômica, os avanços da tecnologia, a decantada globalização…
Sobretudo, o que faz o desemprego é o egoísmo que concentra riquezas, subtrai oportunidades e faz do Homem “o lobo do Homem”.
Sendo contingência, é superável.
Apelando para o Céu e confiando em Deus, haveremos de encontrar meios de prover à própria subsistência.
Ensina Jesus (Mateus, 7:7-8):
Pedi e se vos dará; buscai e achareis; batei à porta e se vos abrirá; porquanto, quem pede recebe e quem procura acha e, àquele que bata à porta, abrir-se-á.
Se orarmos de verdade, como Jesus ensinou, coração isento de mágoas, cérebro iluminado pela fé, nossa oração ganhará as alturas.
Logo virá a resposta, ensejando-nos meios para superar o embaraço.
Deus espera apenas que nos movimentemos, cultivando disposição e bom ânimo.
E que, a cada dia, batamos às portas da iniciativa e procuremos nossos caminhos desde os alvores da manhã, porquanto, enfatiza velho aforismo:
Deus ajuda quem cedo madruga.
Livro Luzes no Caminho
 

Paz e luz!
Laura




Aula: Respeito às crenças e convicções alheias – desprendimento.

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 Aula: Respeito às crenças e convicções alheias – desprendimento.
Bibliografia: Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 5, itens 1 a 8.
I.      Prece.
  II. Acolhida e Harmonização.  Duração – no máximo cinco minutos.
1 – Exercício: Colocar um cd com música bem suave. Quando as crianças entrarem na sala, pedir para se postarem em círculo, fecharem os olhos e prestar atenção na música.
2 – Relaxamento e respiração:
Obtido o relaxamento muscular, cada um passa a concentrar sua atenção na respiração, inspirando naturalmente, com a boca cerrada, retendo o ar um pouco e expirando, abrindo suavemente os lábios.
Este método de respiração, utilizado diariamente possibilita uma renovação orgânica e, em consequência, maior vitalidade.
 III. Atividades
1)    Apresentar o tema da aula
(Levar um globo terrestre)
Hoje nós vamos falar sobre uma coisa muito séria. Vocês sabiam que existem vários países no mundo? Pois é, cada um evoluiu por milênios. Antigamente não existiam os meios de comunicação – não havia rádio, jornal, internet nem televisão. As cidades e aldeias eram muito distantes umas das outras, assim, as pessoas de um lugar geralmente só conheciam os costumes e crenças da sua região. É, porque viaja também era muito complicado. Meios de transporte? Só cavalos, carroças e carruagens. Mesmo assim só os ricos os tinham, os pobres andavam mesmo a pé. Assim, tudo era muito longe e a comunicação entre pessoas de lugares diferentes era muito difícil.
(Parar para as crianças apreenderem o que foi dito. Tentar levá-las a imaginar ir até ao centro da cidade a pé, ou como seria uma viagem nessas condições, mesmo para uma cidade bem próxima, como entre nós é o caso de sair daqui de Volta Redonda e ir à Barra Mansa).
Imaginem então como era a comunicação entre os diversos povos! (Mostrar o globo terrestre e fazê-los compreender o quão distante eram os lugares e como era difícil a comunicação entre eles).
Pois bem, evoluindo tão longe uns dos outros, os costumes, culturas, interesses e crenças dos povos eram muito diferentes.
Isso ainda persiste até hoje. Assim, a maneira de se vestir, o modo como educam as crianças, o tipo de família e a crença dos diversos povos é diferente uns dos outros.
Só existe um Deus – vocês se lembram de que é Deus? (esperar as crianças responderem, ajudá-las a se lembrar da questão número 1 do Livro dos Espíritos: Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas).
Pois bem, todos nós já nascemos com a certeza da existência de Deus gravada em nós. Mas, devido à diversidade cultural, cada povo aprendeu a cultuar Deus de uma forma diferente – até mesmo dão-lhe nomes diferentes: para uns é Deus, nosso Pai, para outros, Alá, outros o chamam de Jeová, outros ainda cultuam uma infinidade de deuses e deusas, pois assim enxergam a ação de um Poder Superior em suas vidas.
Da mesma forma como nomeiam Deus por nomes diversos, diversas são as formas que encontram para manifestarem suas crenças. No fundo, isso não importa. Afinal, todos amam a Deus e é na oração que com Ele se comunicam: Observem como todos oram da mesma forma:

A – Umbandista
               
 B – Evangélico: 

C – Hinduísta:



D – Muçulmano:



E – Católico:



F – Judeu:
 G – Budista:

 O Dalai Lama, guia espiritual budista, disse uma frase muito linda:
“A melhor religião é aquela que faz de você um ser humano melhor”,
Ele quis dizer que não importa a forma, o importante é você evoluir.
Devemos amar ao próximo como a nós mesmos. Nós ficamos tristes quando alguém fala mal de nossa religião? Sim, ficamos.
Então temos que aprender a respeitar a religião e todas as crenças diferentes que as outras pessoas têm. Afinal, todos somos irmãos, e o que importa é juntos irmos caminhando para a perfeição espiritual.
Sabemos que já vivemos várias vezes. Então, em nossas vivências passadas já devemos ter feito parte de várias denominações religiosas, todas essas vivências nos amadureceram para hoje seguirmos a doutrina dos espíritos, onde aprendemos a adorar a Deus no santuário de nossos corações. Por isso não tem os rituais, nem templos. Mas temos que respeitar os rituais e templos de todas as outras religiões, pois ali, naquela atmosfera sagrada pelas vibrações de fé e amor, as pessoas se encontram com Deus. O Espiritismo nos ensina:
 “Não violenteis nenhuma consciência; não forceis ninguém a deixar a sua crença para adotar a vossa; não lanceis o anátema sobre os que não pensam como vós. Acolhei os que vos procuram e deixem em paz os que vos repelem. Lembrai-vos das palavras do Cristo: antigamente o céu era tomado por violência, mas hoje o será pela caridade e a doçura.” (ESE, Cap. 25, 11).

2)    Contar a seguinte história:
A Nova Turma
Giovanna mudou-se com sua família para um novo condomínio. Era uma construção nova, onde todos iriam morar pela primeira vez.
No dia da mudança Giovanna viu várias crianças vestidas de uma forma diferente brincando no playground. Ela pensou: Será que é uma festa a fantasia?
Quando, à noitinha, finalmente terminaram de organizar as coisas, comentou com sua mamãe o que havia reparado. Sua mamãe explicou:
- Não, filhinha, não era uma festa à fantasia, eram pessoas de vários lugares que vieram morar aqui, para trabalhar na Usina. Eles pertencem \a outras religiões, e se vestem como é o costume de seus países.
No dia seguinte Giovanna desceu para brincar. Conheceu Ester, uma garotinha muito bonita e educada que era sua vizinha. Passado um tempo, Giovanna convidou:
- Estou com fome, vamos comer um misto quente?
Ester olhou-a horrorizada.
- Não! Misto quente é feito de presunto.
- E daí? Perguntou Giovanna.
- Daí que presunto é de porco, e não posso comer carne de porco. Minha religião não permite.
Giovanna começou a rir. Ester saiu correndo, chorando, para sua casa.
Mais tarde Giovanna passou na frente de uma casa e sentou-se no chão de tanto rir: as pessoas levantavam as mãos, gritando alto: eram evangélicos orando. Uma senhora passou e balançou a cabeça, ao vê-la fazendo aquela cena.
No dia seguinte Giovanna conheceu Aninha. Estavam brincando juntas, mas às 17h30min horas Aninha lhe disse que tinha de ir para casa, pois estava perto da Ave-Maria. Giovanna, convidada, foi com ela, e, ao ver a mãe de Aninha preparar uma mesa com uma jarra, uma imagem de Nossa Senhora e uma vela para fazerem a prece não se conteve:
- Que bobagem, vão rezar para uma santa?
D. Imaculada, mãe de Aninha, ficou muito irritada e Aninha, entristecida, sentiu seus olhos encherem-se de lágrimas.
No primeiro dia de aula, a professora pediu aos alunos que se apresentassem. Giovanna levantou-se e disse que era espírita. A turma toda a olhou de um modo esquisito, começando a cochichar. Giovanna ouvia, entre os cochichos:
- Nossa, ela pega demônio! Lá conversam com os mortos! É macumbeira, cuidado com ela!
Nisso, Aninha e Ester se levantaram;
- Parem com isso. Cada um adora a Deus como sabe – disse Ester.
- Ninguém pode julgar uma pessoa por sua religião – o importante é ser bom e justo – completou Aninha.
Giovanna abaixou a cabeça, morrendo de vergonha, e nunca mais debochou da religião de ninguém.
Laura Souza Machado

3) Explicar a história e levar as crianças a dizerem o que acham sobre o tema.

4) Preparar um painel com a imagem abaixo. Recortar os ensinamentos e o nome das religiões em cartões de cartolina. Distribuir os cartões entre os Evangelizandos, que deverão montar o painel com o ensinamento creditado a religião correta. Fazê-los perceber a riqueza do exercício, pois todas as religiões, no fundo, pregam o amor e o respeito ao próximo!

Depois de concluído ficará assim:


5) Arte:
Distribuir o desenho abaixo para as crianças colorirem:

 6) Cantar a música “Diversidade” de Lenine:


Se foi pra diferenciar
Que Deus criou a diferença
Que irá nos aproximar
Intuir o que ele pensa
Se cada ser é só um
E cada um com sua crença
Tudo é raro, nada é comum
Diversidade é a sentença

Que seria do adeus
Sem o retorno
Que seria do nu
Sem o adorno
Que seria do sim
Sem o talvez e o não
Que seria de mim
Sem a compreensão

Que a vida é repleta
E o olhar do poeta
Percebe na sua presença
O toque de deus
A vela no breu
A chama da diferença

A humanidade caminha
Atropelando os sinais
A história vai repetindo
Os erros que o homem tras
O mundo segue girando
Carente de amor e paz
Se cada cabeça é um mundo
Cada um é muito mais

Que seria do caos
Sem a paz
Que seria da dor
Sem o que lhe apraz
Que seria do não
Sem o talvez e o sim
Que seria de mim...
O que seria de nós

Que a vida é repleta
E o olhar do poeta
Percebe na sua presença
O toque de deus
A vela no breu
A chama da diferença



Subsídios para o Evangelizador

Tolerância e Respeito

Sérgio Biagi Gregório

SUMARIO: 1. Introdução. 2. Conceito. 3. Considerações Iniciais. 4. Sobre a Tolerância: 4.1. Os Vícios e as Virtudes; 4.2. Formas Falsas e Formas Verdadeiras de Tolerância; 4.3. Tolerância é uma Virtude Difícil. 5. Sobre o Respeito: 5.1. O Respeito em Kant; 5.2. A Lei Áurea; 5.3. A Tolerância é Passiva e o Respeito Ativo. 6. Tolerância, Respeito e Espiritismo: 6.1. Lei de justiça, Amor e Caridade; 6.2. Cristo é o Ponto Chave da Tolerância; 6.3. O Respeito ao Próximo. 7. Conclusão. 8. Bibliografia Consultada.
Tolerar é bom, mas respeitar é melhor. Respeitar é bom, mas amar é melhor.
1. INTRODUÇÃO
O que significa a palavra tolerância? E respeito? Tratamos o próximo da mesma forma que gostaríamos de ser tratados? Somos severos para com os outros e indulgentes para conosco ou severos para conosco e indulgentes para com os outros? Que tipo de subsídios o Espiritismo nos oferece para uma melhor interpretação do tema?
2. CONCEITO
Tolerância – do latim tolerantia, do verbo tolerare que significa suportar. É uma atitude de respeito aos pontos de vista dos outros e de compreensão para com suas eventuais fraquezas. Esta palavra está ligada a outros termos afins: paz, ecumenismo, diferença, intersubjetividade, diálogo, alteridade, não violência etc.
Respeito – do latim respectus, de reespicere que significa olhar. Sentimento de consideração àquelas pessoas ou coisas dignas de nossa veneração e gratidão, como aos pais, aos mais velhos, às coisas sagradas, aos sentimentos alheios etc.
3. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Em seu sentido estrito, a tolerância é o regime de liberdade concedido pelo governo de um país, onde já se tem uma forma de religião estabelecida, de praticar qualquer outra forma de religião, ou mesmo de não seguir nenhuma.
A completa liberdade religiosa é fato recente no mundo ocidental. Antes da Reforma, a Igreja católica aplicava todo o tipo de penalidades a quem quer que se desviasse da sua ortodoxia. A Reforma (1517) deu início à tolerância, mas não de forma absoluta, pois os próprios reformadores não toleravam as teses que combatiam. Os Protestantes quiseram não só submeter indivíduos, mas nações inteiras às suas opiniões. Com isso, vimos aparecer o movimento denominado "Contra-Reforma", encetado pela Igreja católica, dando origem à "guerra das religiões", de caráter político religioso. (Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira)
A intolerância religiosa foi, no processo histórico, a maior causadora das guerras entre nações. Nesse mister, o próprio catolicismo demorou muito a respeitar o pluralismo das diversas crenças. Foi somente no Concílio Vaticano II que deixou claro: 1.º) a tolerância religiosa não se baseia no falso princípio de que todas as religiões sejam verdadeiras, mas no princípio da liberdade de consciência; 2.º) esta não dispensa ninguém do dever fundamental de fidelidade à verdade, isto é, não significa que se pode mudar de religião como se muda de roupa, mas significa que a aceitação de uma fé é um ato soberanamente livre e espontâneo da consciência. (Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo)
O ser humano moderno não é um Robinson Crusoe, desterrado em uma ilha, cuja única atividade era a de pescar e de caçar para sua sobrevivência. O homem tem que viver em sociedade, pois já se disse que ele é um animal político e social. E quando começa a se associar, a entrar em contato com mentes que pensam de forma diferente da sua, a contradição aparece. E é justamente aí que surge o ensejo de praticar a tolerância, que nada mais é do que o respeito para com o pensamento alheio.
4. SOBRE A TOLERÂNCIA
4.1. OS VÍCIOS E AS VIRTUDES
A virtude é a potência de um ato. É a atualização do que já existe no âmago do ser. A virtude do abacateiro é produzir abacate. A virtude do santo é produzir santidade. Segundo Aristóteles, a virtude deve ficar no meio, ou seja, nem se exceder para cima e nem para baixo. O relacionamento entre vício e virtude coloca-nos frente à lei da utilidade marginal decrescente, a qual nos ensina que o excesso de uma coisa pode transformar-se no seu oposto. Assim sendo, o excesso de humildade pode transformar-se em orgulho e o excesso de orgulho pode transformar-se em humildade. Tomemos o exemplo de Paulo. Depois da perda e recuperação de sua visão, no deserto de Damasco, o orgulhoso combatente de Cristo tornou-se o seu mais humilde servidor.
4.2. FORMAS FALSAS E FORMAS VERDADEIRAS DE TOLERÂNCIA
Existem formas falsas e verdadeiras de tolerância. Um exemplo de forma falsa é a do ceticismo, aquela que aceita tudo, subestima todas as divergências doutrinais, porque parte do princípio de que é impossível aproximar-se da verdade. A verdadeira tolerância é humilde, mas convicta. Respeita as idéias e condutas dos demais, sem desprezá-las, mas também sem minimizar as diferenças, porque sabe que é a contradição que leva ao bem comum. Nesse sentido, a frase atribuída a Voltaire, "Não concordo com nada do que você diz, mas defenderei o seu direito de dizê-lo até o fim", é providencial para elucidar o respeito que devemos ter para com os nossos semelhantes, sejam de que condições forem.
4.3. TOLERÂNCIA É UMA VIRTUDE DIFÍCIL
O dilema dos limites da virtude da tolerância pode resumir-se em dois princípios: "Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti" e "Não deixes que te façam o que não farias a outrem". O comodismo que norteia os nossos passos é o grande obstáculo para o não cumprimento desta virtude. Quantas não são as vezes que dizemos sim a um convite quando, com razão, deveríamos ter dito não, por faltar-nos a coragem de dizer que aquilo não faz parte de nosso projeto de vida.
Em se tratando dos erros alheios, a dificuldade está em delimitar aceitação dos mesmos. Pergunta-se: até que ponto devemos suportar as injúrias e violências, os agravos e os desatinos de nosso próximo? Qual é o limite? Jesus ensina-nos que devemos perdoar não sete, mas sete vezes sete, isto é, indefinidamente. É para sempre? Contudo, há um limite em que a paciência deixa de ser considerada virtude. Qual é o limite? Ainda: "O hábito de tudo tolerar pode ser fonte de inúmeros erros e perigos".
5. SOBRE O RESPEITO
5.1. O RESPEITO EM KANT
Em Kant, o respeito é o único sentimento comparável com o dever moral. Não é um sentimento "patológico" que procede da sensibilidade – como todos os outros – ou seja, da parte passiva do nosso ser. Ele procede da vontade. Em sua Fundamentação da Metafísica dos Costumes, define-o como a consciência da imediata determinação da vontade pela lei, ou seja, como a apreensão subjetiva da lei. Embora tenha certas semelhanças com as inclinações naturais e o temor, distingue-se de ambos porque não resulta de uma impressão recebida, mas de um conceito de razão. (Dorozói, 1993)
5.2. A LEI ÁUREA
A lei áurea já existia antes de Jesus. Os gregos diziam: "Não façais ao próximo o que não desejeis receber dele"; os persas: "Fazei como quereis que vos faça"; os chineses: "O que não desejais para vós, não façais a outrem"; os egípcios: "Deixar passar aquele que fez aos outros o que desejava para si"; os hebreus: "O que não quiserdes para vós, não desejeis para o próximo"; os romanos: "A lei gravada nos corações humanos é amar os membros da sociedade como a si mesmo".
Com Jesus, porém, a regra áurea solidificou-se plenamente, pois o mestre não só a ensinou como a exemplificou em plenitude de trabalho, abnegação e amor. (Xavier, 1973, cap. 41)
5.3. A TOLERÂNCIA É PASSIVA E O RESPEITO ATIVO
A palavra tolerância relaciona-se com o substantivo "respeito" e o verbo "suportar". Conseqüentemente, devemos não somente respeitar como também suportar Deus, o próximo e a nós mesmos. Suportar a nós mesmos deve vir em primeiro lugar, porque não há peso mais pesado do que o nosso próprio peso. Quantas não são as vezes que pensamos estar agradando aos outros e não percebemos o elevado grau de grosseria, hostilidade e autoritarismo que lhes causamos. Eles acabam nos aturando porque não têm outra saída. É o caso do relacionamento entre o funcionário e o seu chefe. Se não lhe obedecer, estará sujeito a perder o emprego.
A tolerância obriga-nos a respeitar a regra de ouro: "Não fazer aos outros o que não gostaríamos que nos fizessem". Evitar fazer mal aos outros é uma atitude meramente passiva. O respeito, ao contrário, carrega uma polaridade ativa: "Amar ao próximo como a nós mesmos". De acordo com Aristóteles, enquanto o respeito constitui uma virtude que nunca pode pecar por excesso, porque quanto mais respeito se tem mais se ama, a tolerância é o exemplo de uma virtude que se obriga ao meio termo porque, em excesso, resulta em indiferença, e, em falta, traz o sabor da intolerância. (Marques, 2001)
6. TOLERÂNCIA, RESPEITO E ESPIRITISMO
6.1. LEI DE JUSTIÇA, AMOR E CARIDADE
A Lei de Justiça, Amor e Caridade ajuda a compreender a tolerância. Segundo o entendimento desta lei, a justiça, que é cega e fria, deve ser complementada pelo amor e pela caridade, no sentido de o ser humano conviver pacificamente com o seu próximo. Observe alguém, sem recursos financeiros, jogado ao sofrimento, como conseqüência de atos menos felizes do passado. Há justiça divina, porque nada ocorre por acaso. Mas o amor e a caridade dos semelhantes podem mitigar a sua sede e a sua fome.
6.2. CRISTO É O PONTO CHAVE DA TOLERÂNCIA
A base da tolerância está calcada na figura de Cristo. Foi Ele que nos passou todos os ensinamentos de como amar ao próximo como a nós mesmos. Ele nos deu o exemplo, renunciando a si mesmo em favor da humanidade. Fê-lo, sem queixas e sem recriminações, aceitando sempre as determinações da vontade de Deus e não a sua. Em suas prédicas alertava-nos que deveríamos ser severos para conosco mesmos e indulgentes para com o próximo, e não o contrário.
6.3. O RESPEITO AO PRÓXIMO
Respeitar o próximo é não lhe ser indiferente. É procurar vê-lo no interior do seu ser. Diz-se que o sábio pode se colocar no lugar do ignorante, mas este não pode se colocar no lugar do sábio, porque lhe faltam condições para bem avaliar o que é sabedoria, conhecimento e evolução espiritual. Contudo, os amigos espirituais nos alertam que penetrar no âmago do próximo não é tarefa fácil. Podemos fazer algumas ilações, algumas tentativas, mas como pensar com a cabeça do outro?
Numa Casa Espírita, o respeito ao próximo deve ser praticado com cada colaborador. Respeitar aquele que escolheu se dedicar aos animais, aquele que escolheu se dedicar ao trabalho de assistência social, aquele que escolheu transmitir os ensinamentos doutrinários. Nesse mister, não há trabalho mais ou menos importante, porque todos concorrem para a divulgação dos princípios doutrinários do Espiritismo.
7. CONCLUSÃO
O Espiritismo, entendido como ciência, filosofia e religião, é o que mais subsídios nos dá para respeitar as crenças e os comportamentos do nosso próximo. Isto porque, "quanto mais o ser humano sabe, melhor compreende os comportamentos humanos, desarmando-se de idéias preconcebidas, da censura sistemática, dos prejuízos das raças, de castas, de crenças, de grupos".
8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ÁVILA, F. B. de S.J. Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo. Rio de Janeiro: M.E.C., 1967.
DUROZOI, G. e ROUSSEL, A. Dicionário de Filosofia. Tradução de Marina Appenzeller. Campinas, SP: Papirus, 1993
GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA. Lisboa/Rio de Janeiro: Editorial Enciclopédia, [s.d. p.]
MARQUES, Ramiro. O Livro das Virtudes de Sempre: Ética para Professores. Portugal: Landy, 2001.
XAVIER, F. C. Caminho, Verdade e Vida, pelo Espírito Emmanuel. 6. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1973.
São Paulo, agosto de 2007 Retirado do site do Centro Espírita Ismael http://www.ceismael.com.br/artigo/tolerancia-e-respeito.htm 

Paz e luz!
Laura

Aula: Dar de graça o que de graça receber

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Aula: Dar de graça o que de graça receber.
Bibliografia: Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 26
I.      Prece.
  II. Acolhida e Harmonização.  Duração – no máximo cinco minutos.
1 – Exercício: Colocar um cd com música bem suave. Quando as crianças entrarem na sala, pedir para se postarem em círculo, fecharem os olhos e prestar atenção na música.
2 – Relaxamento e respiração:
Obtido o relaxamento muscular, cada um passa a concentrar sua atenção na respiração, inspirando naturalmente, com a boca cerrada, retendo o ar um pouco e expirando, abrindo suavemente os lábios.
Este método de respiração, utilizado diariamente possibilita uma renovação orgânica e, em consequência, maior vitalidade.
 III. Atividades
1)    Apresentar o tema da aula
Hoje nós vamos refletir um pouco sobre os muitos dons que Deus nos concedeu. Vocês podem me dizer alguns?
(Incentivar as crianças a identificarem os dons que possuem. Você conhece seus Evangelizandos, estimule-os a dizer os dons uns dos outros e a identificarem seus próprios dons.)
Pois bem, ao criá-los, Deus cobrou alguma taxa de vocês para lhes conceder esses dons?
Já pensou se Ele cobrasse? (identificar o Evangelizando), você vai ter que pagar R$20,00 para ser (citar o dom)... proceder assim algumas vezes.
Vamos escutar agora uma história de um menininho que tinha um dom muito especial e descobrir o que aconteceu.
2)    Contar a seguinte história:

Juca tinha 8 para 9 anos quando isso aconteceu. Foi assim: 
Um dia sua irmã menor, a Carolina, ficou muito doente. Tão fraquinha, quase não se mexia, deitada na caminha naquela casa pobre. Além disso, a família de Juca, seu pai, sua mãe e seus irmãos moravam no meio do mato, os vizinhos eram distantes e eles não tinham recursos, nem médico, nem nada. Alguns vizinhos até achavam que a Carolina não passaria daquela noite. 
Juca adorava sua irmã, então resolveu fazer uma prece por ela, uma prece que sua avó ensinara. Ficou ao lado dela, no chão, orando e pedindo a Deus que curasse a sua irmãzinha, que ela ficasse completamente boa. Naquela noite ele orou, orou com toda força e fé e só adormeceu pouco antes do sol nascer. 
Quando ia adormecendo, percebeu que entrava no quarto uma moça de branco, muito bonita acompanhada de outras moças que se aproximaram de Carolina. Juca entendeu que era a médica e as enfermeiras que ele pedira em sua oração e que Jesus enviara para curar sua irmãzinha. 
Quando ele acordou, de manhãzinha, foi uma festa: Carolina estava curada. Então contou a todos como foi que aconteceu e a notícia logo se espalhou.  
Veio gente de longe para conhecer o menino que tinha uma oração tão poderosa: todos o elogiavam e começaram a pedir as orações de Juca. 
A vaidade de Juca foi crescendo... 
Foi aí que ele começou a pensar assim: todos queriam suas orações, ele não era rico e seu pai e sua mãe tinham que trabalhar na lavoura e ele também. Se começasse a cobrar pelas orações, ninguém mais em sua casa precisaria trabalhar, todos teriam uma vida folgada e ele ficaria rico! 
Assim pensou e assim fez. Começou a cobrar e ganhar dinheiro. 

Juca "vendia" suas orações de acordo com o tamanho e a função. 
O povo da redondeza era muito pobre e não podia pagar. Pois Juca foi ficando exigente: ou pagavam, ou não atendia. E assim, ganhou tanto dinheiro que chegou a construir uma nova casa. 

Só que os problemas foram aparecendo, as brigas e as discussões por dinheiro começaram a piorar, até entre seus pais e seus irmãos que quase não se entendiam mais. 
Em sua ganância, Juca não percebia muita coisa: não percebia, por exemplo, que a médica e as enfermeiras que o ajudavam desde aquela primeira vez não apareciam mais, estavam se afastando, e que as próprias orações que ele fazia tinham se transformado em coisas vazias, simples obrigações desagradáveis e, devagarzinho, estavam perdendo toda a sua força. 

Mas o pior de tudo é que Juca não aceitava alguém dizer que ele exigia pagamento por um dom que recebera de graça de Deus. Não percebeu que, quando se negou a orar de graça pelos pobres da redondeza, alguns espíritos das trevas começaram a se aproximar de sua vida e afastaram sua amiga médica e as enfermeiras que eram Espíritos de Luz, seus protetores. Aqueles maus Espíritos que agora cercam Juca, eram antigos inimigos que buscavam vingança dele e de sua família. 

Nós não sabemos como a história de Juca terminou, se ele se corrigiu e voltou a praticar a verdadeira caridade ou se permaneceu afastado de Deus, mas não queremos que tenha um final triste. 
Por isso, vamos todos juntos vibrar para que ele e todas as pessoas no mundo que agem dessa maneira encontrem o caminho do amor ao próximo, ajudando os mais necessitados de maneira desinteressada para que voltem a receber a visita dos Espíritos Elevados, que mesmo nunca nos abandonando, às vezes não podem nos ajudar por nossa própria culpa.

3) Explicar a história e levar as crianças a dizerem o que acham sobre o tema. Pedir que respondam ao seguinte questionário, depois, conversar bastante sobre cada resposta dada, correlacionando-a com os ensinamentos da aula de hoje. (Para os alunos menores ler as perguntas adaptando-as à sua compreensão).
4) Distribuir um coração para cada Evangelizando. Pedir que eles anotem seu nome no coração o nome do dom que possuem. Depois, juntar todos os corações e pedir que eles imaginem um projeto onde possam ser utilizados os dons de todos, em conjunto, em prol de um objetivo caridoso. Sugiro aproveitar a visita ao asilo como ponto de partida do projeto. Dependendo dos dons de cada um a Evangelizadora pode auxiliá-los a planejar um sarau, onde um cante, outro recite uma poesia, outro dance, todos apresentem uma peça teatral, confeccionem lembranças para levar aos vovôs e vovós, etc.

5) Arte:
Nós temos a felicidade de conhecer uma pessoa que, durante toda a sua vida, de quase 100 anos, colocou seus dons a serviço do Mestre Jesus e do próximo, sem nunca cobrar nem aceitar receber nada por isso. Vocês se lembram de quem é? Isso, nosso amado Chico Xavier. Vamos nos lembrar de algumas histórias que ouvimos sobre ele?
Vamos agora pintar um quadro bem bonito desse nosso irmão, que foi exemplo de dar de graça o que de graça receber:

6) Cantar a música “Paz pela paz” de NandoCordel:

A paz do mundo
Começa em mim
Se eu tenho amor,
Com certeza sou feliz
Se eu faço o bem ao meu irmão,
Tenho a grandeza dentro do meu coração
Chegou a hora da gente construir a paz
Ninguém suporta mais o desamor
Paz pela paz - pelas crianças
Paz pela paz - pelas florestas
Paz pela paz - pela coragem de mudar.
Paz pela paz - pela justiça
Paz pela paz - a liberdade
Paz pela paz - pela beleza de te amar.
(repetir a 1ª estrofe)
Paz pela paz - pro mundo novo
Paz pela paz - a esperança
Paz pela paz - pela coragem de mudar.
Paz pela paz - pela justiça
Paz pela paz - a liberdade
Paz pela paz - pela beleza de te amar.
Subsídios para o Evangelizador

Mediunidade - dar de graça o que de graça se recebeu

Por que Jesus recomendou a seus discípulos para que dessem de graça o que de graça receberam? Com que finalidade a mediunidade é concedida tanto a pessoas dignas como indignas? Quando se faz comércio com tal faculdade, ela verdadeiramente se presta ao socorro e à ajuda ao próximo? A mediunidade é a marca da grandeza espiritual do medianeiro?
No Evangelho de Mateus (10:1-10), temos:
             Tendo chamado os seus doze discípulos, deu-lhes Jesus autoridade sobre espíritos imundos para os expelir e para curar toda sorte de doenças e enfermidades (de acordo com os postulados espíritas, podemos deduzir que Jesus apenas estimulou em seus discípulos uma faculdade que eles já traziam em estado latente). Ora, os nomes dos dozes apóstolos são estes: Simão, por sobrenome Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Zelote, e Judas, que foi quem o traiu.
            A estes doze enviou Jesus, dando-lhes as seguintes instruções: (...) Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebeste, de graça dai. Não vos provereis de ouro, nem de prata, nem de cobre nos vossos cintos; nem de alforje para o caminho, nem de duas túnicas, nem de sandálias, nem de bordão; porque digno é o trabalhador de seu alimento. [1] 
          Nessas palavras, podemos constatar que Jesus, ao estimular em seus discípulos os dons mediúnicos – ou seja, a capacidade de curar os mais diversos tipos de males, tanto os físicos como os espirituais –, alertou-os a que se abstivessem do usufruto de vantagens materiais na execução de tal tarefa. E o porquê dessa recomendação? Para que seus discípulos se conscientizassem da importância da generosidade que deve prevalecer entre todos os indivíduos, bem como da necessidade de não se buscarem motivações interesseiras no socorro que se presta a outrem. Somente assim é que eles, verdadeiramente, se tornariam dignos do bem que estariam praticando.
         A mediunidade, quando conduzida de forma abnegada, trata-se de valioso instrumento de disseminação do bem. E nessa sua associação com a benevolência e a generosidade, Allan Kardec assim a define:
             A mediunidade se prende a uma disposição orgânica da qual todo homem pode estar dotado, como a de ver, de ouvir, de falar.
          (...) A mediunidade é dada sem distinção, a fim de que os Espíritos possam levar a luz em todas as fileiras, em todas as classes da sociedade, ao pobre como ao rico; aos sábios para os fortalecer no bem, aos viciosos para os corrigir.
            (...) A mediunidade não implica, necessariamente, em intercâmbio habitual com os Espíritos superiores; é simplesmente uma aptidão para servir de instrumento mais ou menos flexível aos Espíritos em geral. O bom médium não é, pois, aquele que comunica facilmente, mas aquele que é simpático aos bons Espíritos, e não é assistido senão por eles.  É neste sentido somente que a excelência das qualidades morais tem tanto poder sobre a mediunidade.  [2] 
          A mediunidade, patrimônio da alma imortal, é uma faculdade inerente a uma disposição orgânica, que se manifesta em maior ou menor estado de desenvolvimento, não implicando necessariamente relações habituais com os Espíritos Superiores.
         Na realidade, tal aptidão permite ao indivíduo encarnado – isto é, aquele que se encontra vivendo no mundo material – registrar vibrações, radiações ou estímulos que não podem ser captados por nenhum dos cinco sentidos, bem como servir de instrumento mais ou menos flexível aos habitantes do mundo espiritual. Trata-se, portanto, de uma habilidade profunda e complexa, cujo surgimento em uma pessoa não depende de idade, sexo, condição social ou filiação religiosa.
          A faculdade medianímica prende-se ao organismo; ela é independente das qualidades morais do médium, e é encontrada nos mais indignos como nos mais dignos. [3]
         A faculdade medianímica é um dom de Deus, como todas as outras faculdades, que se pode empregar para o bem, como para o mal, e da qual se pode abusar. Ela tem por objeto nos colocar em comunicação direta com as almas daqueles que viveram, a fim de receber seus ensinamentos e nos iniciar na vida futura. Como a vista nos põe em comunicação com o mundo visível, a mediunidade nos coloca em comunicação com o mundo invisível. Aquele que dela se serve com fim útil, para seu próprio adiantamento e o dos seus semelhantes, cumpre uma verdadeira missão, da qual terá a recompensa. Aquele que dela abusa e a emprega em coisas fúteis ou no objetivo do interesse material, a desvia do seu fim providencial, suportando disso, cedo ou tarde, as consequências, como aquele que faz mau uso de uma faculdade qualquer. [4] 
          Nessas considerações, podemos encontrar a possível motivação da advertência de Jesus. Ele sabia que se seus discípulos não fossem suficientemente firmes em suas responsabilidades perante os necessitados, poderiam desvirtuar-se, principalmente se deixassem seduzir-se pelos atrativos, ilusões e facilidades da vida material.
         Nesse sentido, o escritor espírita francês Léon Denis, poeticamente assim se expressa: 
            A mediunidade é uma delicada flor que, para desabrochar necessita de acuradas precauções e assíduos cuidados. Exige o método, a paciência, as altas aspirações, os sentimentos nobres. [5] 
            (...) Mercadejar com a mediunidade é dispor de uma coisa de que se não é dono; é abusar da boa vontade dos mortos, pô-los a serviço de uma obra indigna deles e desviar o Espiritismo de seu fim providencial. [6]
          Os postulados espíritas professam que a mediunidade representa um importante e útil instrumento de Deus para alívio e instrução dos seres humanos, pois pode servir de veículo aos pensamentos e às idéias dos Espíritos Superiores. Porém, para ser colocada a serviço da benevolência e da generosidade, ela requer do médium um exercício bastante disciplinado, uma vida íntima ativa e bem direcionada, um consistente conhecimento do seu mecanismo e da sua estrutura, além da sintonia com as Esferas Superiores. No entanto, via de regra, é oportunidade de reabilitação e de evolução do próprio medianeiro, em virtude de ela ser concedida tanto aos dignos como aos indignos. 
         A mediunidade, longe de ser a marca da nossa grandeza espiritual, é, ao contrário, o indício de renitentes imperfeições. Representa, por certo, uma faculdade, uma capacidade concedida pelos poderes que nos assistem, mas não no sentido humano, como se o médium fosse colocado à parte e acima dos vis mortais, como seres de eleição. É, antes, um ônus, um risco, um instrumento com o qual o médium pode trabalhar, semear e plantar, para colher mais tarde, ou ferir-se mais uma vez, com a má utilização dos talentos sobre os quais nos falam os Evangelhos. O médium foi realmente distinguido com o recurso da mediunidade, para produzir mais, para apressar ou abreviar o resgate de suas faltas passadas. Não se trata de um ser aureolado pelo dom divino, mas depositário desse dom, que lhe é concedido em confiança, para uso adequado. Enfim: o médium utiliza-se de uma aptidão que não faz dele um privilegiado, no sentido de colocá-lo, na escala dos valores, acima dos seus companheiros desprovidos dessas faculdades. [7]
 Mediunidade gratuita
7. Os médiuns modernos – porque os apóstolos também tinham mediunidade – igualmente receberam de Deus um dom gratuito: o de serem os intérpretes dos Espíritos para a instrução dos homens, para mostrar-lhes o caminho do bem e conduzi-los à fé, e não para vender-lhes palavras que não lhes pertencem, porque não são o produto de sua concepção, nem de suas pesquisas, nem de seu trabalho pessoal. Deus quer que a luz alcance a todos; não quer que o mais pobre dela seja deserdado de possa dizer: Eu não tenho fé porque não pude pagá-la; não tive a consolação de receber os encorajamentos e os testemunhos de afeição daqueles que choro porque sou pobre. Eis porque a mediunidade não é privilégio, e se encontra por toda a parte; fazê-la pagar seria, pois, desviá-la da sua finalidade providencial.
9. Ao lado da questão moral, se apresenta uma consideração efetiva, não menos importante, que se prende à própria natureza da faculdade. A mediunidade séria não pode ser, e não será jamais, uma profissão, não somente porque seria desacreditada moralmente, e logo comparada aos ledores de sorte, mas porque um obstáculo material a isso se opõe; é uma faculdade essencialmente móvel, fugidia e variável, com a permanência da qual ninguém pode contar. (...) Mas a mediunidade não é uma arte, nem um talento, por isso ela não pode tornar-se uma profissão; não existe senão pelo concurso dos Espíritos; se esses Espíritos faltarem, não há mais mediunidade; a aptidão pode subsistir, mas o exercício está anulado; assim, não há um só médium no mundo que possa garantir a obtenção de um fenômeno espírita em dado instante. Explorar a mediunidade é, pois, dispor de uma coisa da qual não se é realmente senhor; afirmar o contrário é enganar aquele que paga; há mais, não é de si mesmo que se dispõe, são dos Espíritos, das almas dos mortos, cujo concurso é posto à venda; esse pensamento repugna instintivamente. Foi esse tráfico, degenerado em abuso, explorado pelo charlatanismo, a ignorância, a credulidade e a superstição que motivou a proibição de Moisés. O Espiritismo moderno, compreendendo o lado sério da coisa, pelo descrédito que lançou sobre a exploração, elevou a mediunidade à categoria de missão (Ver O Livro dos Médiuns, capítulo XXVIII; O Céu e o Inferno, capítulo XII).
10. A mediunidade é uma coisa santa que deve ser praticada santamente, religiosamente. Se há um gênero de mediunidade que requer essa condição de forma ainda mais absoluta, é a mediunidade curadora. O médico dá o fruto dos seus estudos, que fez ao preço de sacrifícios, frequentemente penosos; o magnetizador dá o seu próprio fluido, frequentemente mesmo a sua saúde; eles podem a isso por um preço; o médium curador transmite o fluido salutar dos bons Espíritos; ele não tem o direito de vendê-lo. Jesus e os apóstolos, conquanto pobres, não faziam pagar as curas que operavam.
Todo aquele, pois, que não tem do que viver, procure os recursos em outra parte do que na mediunidade; que não consagre a ela, se preciso for, senão o tempo de que possa dispor materialmente. Os Espíritos lhe terão em conta o devotamento e seus sacrifícios, ao passo que se afastam daqueles que esperam fazer deles um meio para subir. [8] 

 A causa geral dos desastres mediúnicos é a ausência da noção de responsabilidade e da recordação do dever a cumprir.
Quantos de vós fostes abonados, aqui (essa é um palestra que se passa no mundo espiritual, onde Telésforo está falando para alguns Espíritos que faliram em sua mediunidade, quando encarnados), por generosos benfeitores que buscaram auxiliar-vos, condoídos de vosso pretérito cruel? Quantos de vós partistes, entusiastas, formulando enormes promessas? Entretanto, não soubestes recapitular dignamente, para aprender a servir, conforme os desígnios superiores do Eterno. Quando o Senhor vos enviava possibilidades materiais para o necessário, regressáveis à ambição desmedida; ante o acréscimo de misericórdia do labor intensificado, agarrastes à idéia da existência cômoda; junto às experiências afetivas, preferistes os abusos sexuais; ao lado da família, voltastes à tirania doméstica, e aos interesses da vida eterna sobrepusestes as sugestões inferiores da preguiça e da vaidade. Destes-vos, na maioria, à palavra sem responsabilidade e à indagação sem discernimento, amontoando atividades inúteis. Como médiuns, muitos de vós preferíeis a inconsciência de vós mesmos; como doutrinadores, formuláveis conceitos para exportação, jamais para uso próprio.
Que resultado atingimos? Grandes massas batem às fontes do Espiritismo sagrado, tão só no propósito de lhe mancharem as águas. Não são procuradores do Reino de Deus os que lhe forçam, desse modo, as portas, e sim caçadores dos interesses pessoais. São os sequiosos da facilidade, os amigos do menor esforço, os preguiçosos e delinquentes de todas as situações, que desejam ouvir os Espíritos desencarnados, receosos da acusação que lhes dirige a própria consciência. O fel da dúvida invade o bálsamo da fé, nos corações bem intencionados. A sede de proteção indevida azorraga os seguidores da ociosidade. A ignorância e a maldade entregam-se às manifestações inferiores da magia negra.
Tudo por quê, meus irmãos? Porque não temos sabido defender o sagrado depósito, por termos esquecido, em nossos labores carnais, que Espiritismo é revelação divina para a renovação fundamental dos homens. [9]
 Silvia Helena Visnadi Pessenda
 REFERÊNCIAS
  [1] BÍBLIA. Português. Bíblia de estudo Almeida. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999
 [2] KARDEC, Allan. O livro dos médiuns. Tradução de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. 36. ed. Araras, SP: IDE, 1995. Cap. 24. Item 12.
 [3] KARDEC, Allan. O que é o espiritismo. Tradução de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. 34. ed. Araras, SP: IDE, 1995. Cap. 2. Item 79.
 [4] Idem. Item 88.
 [5] DENIS, Léon. No invisível: espiritismo e mediunidade. Tradução de Leopoldo Cirne.15. ed.Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1994. Cap. 5. p. 67.
 [6] Idem. Cap. 24. p. 377.
 [7] MIRANDA, Hermínio C. Diálogo com as sombras: teoria e prática da doutrinação. 16. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2002. Cap. 2. p. 58.
 [8] KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Tradução de Salvador Gentile, revisão de Elias Barbosa. 195. ed. Araras, SP: IDE, 1996. Cap. 26. Itens 7, 9 e 10. 
[9] ANDRÉ LUIZ (espírito); XAVIER, Francisco Cândido (psicografado por). Os mensageiros. 33. ed. Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1999. Cap. 6. p. 37-38. 

Paz e luz!
Laura


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